Em 2011, a companhia petrolífera argentina YPF, controlada pelo grupo espanhol Repsol, revelou a descoberta de uma vasta reserva de petróleo não convencional, com uma estimativa de 927 milhões de barris.
A nova área produtiva, localizada na região de Neuquén, na Argentina, foi denominada Vaca Muerta. Considerada uma das maiores reservas de petróleo não convencional do mundo, a região desperta grande interesse internacional devido ao seu potencial energético.
O Potencial de Vaca Muerta
O campo de Vaca Muerta é composto principalmente por gás de xisto e petróleo de xisto, que são extraídos por técnicas avançadas de fraturamento hidráulico. Esta técnica, embora eficiente, tem gerado controvérsias devido aos seus impactos ambientais.
O petróleo de xisto, ou não convencional, é mais denso e utilizado, em sua maior parte, para a produção de produtos mais baratos, como o óleo combustível. Isso, por si só, limita o valor comercial do petróleo extraído, o que levanta questões sobre a viabilidade econômica da exploração.
Desafios e Implicações Econômicas
A exploração de Vaca Muerta traz à Argentina a possibilidade de se tornar mais autossuficiente em energia e gerar receitas substanciais. No entanto, a exploração do petróleo não convencional também enfrenta diversos desafios, especialmente no que diz respeito ao impacto ambiental.
O uso de fraturamento hidráulico pode comprometer os recursos hídricos e afetar a saúde pública, além de intensificar a dependência de combustíveis fósseis, em um momento em que o mundo busca transitar para fontes de energia mais limpas.
Embora Vaca Muerta tenha grande potencial, o pré-sal brasileiro já alcançou 5,5 bilhões de barris em 2023, após 26 anos de produção. A Argentina busca explorar seus recursos rapidamente, mas o valor de mercado do petróleo extraído de Vaca Muerta não atende às expectativas iniciais.