No último sábado (12), Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central (1999-2003), disse que o Brasil precisa congelar o salário mínimo “em termos reais” por seis anos.
O depoimento foi feito durante a Brazil Conference, evento que reúne autoridades, empresários e influencers brasileiros, na universidade de Harvard e no MIT (Massachussets Institute of Technology) em Cambridge, Estados Unidos.
Economista sugere congelamento
O economista Armínio Fraga defendeu a necessidade de um ajuste fiscal no Brasil e apontou o gasto público como um dos principais desafios, especialmente as despesas com a Previdência Social.
Segundo ele, uma das medidas que poderiam ser adotadas para conter os gastos seria manter o salário mínimo congelado em termos reais — ou seja, sem reajustes acima da inflação — por um período de seis anos.
“Uma conta gigante é a previdência, e ela está piorando assustadoramente“, disse. “Uma boa e mais fácil seria congelar o salário mínimo por seis anos. O número 2 é a folha de pagamento do Estado. O RH do Estado brasileiro precisar passar por uma reforma radical“.
De acordo com a norma vigente, o salário mínimo pode ter um ganho real, ou seja, acima da inflação, de até 2,5%. Garantir esse tipo de reajuste foi uma das promessas centrais feitas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua campanha à Presidência da República.
Apesar de reconhecer que não seria uma ideia bem vista pelo atual presidente, Armínio defendeu a necessidade das mudanças. O economista ainda sugeriu reduzir os gastos tributários em 2% do Produto Interno Bruto (PIB).