O cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, revelou em entrevista ao programa Fantástico, no último domingo (1º), os desafios enfrentados com a saúde mental e física nos últimos anos. Ele relatou momentos de pânico, acreditando que estava morrendo, enquanto lidava com depressão, síndrome do pânico e os impactos de vícios.
“Comecei a tremer, o coração disparou, minha cara começou a formigar. Pensei: ‘tô morrendo’. O que era uma gotinha virou uma tempestade”, desabafou o sertanejo. Zé Neto descreveu sua experiência como um “círculo vicioso de depressão”, agravado por uma rotina exaustiva de shows e viagens.
A pressão da carreira o deixou esgotado. “Tudo ficou robótico: camarim, hotel, avião… uma loucura. Eu estava saturado e não entregava mais o que a dupla sempre se propôs a fazer”, explicou. Antes de buscar ajuda, ele admitiu ter preconceito em relação à depressão, julgando que a condição “não existia”.
Além das questões emocionais, Zé Neto enfrentou problemas físicos devido ao uso de cigarro, que considera seu maior arrependimento. Ele afirmou que a dependência prejudicou sua respiração e voz, impactando diretamente sua paixão pela música.
Com a saúde deteriorada, o cantor começou a consumir álcool em excesso e, em algumas ocasiões, chegou a subir ao palco bêbado, segundo revelou seu parceiro Cristiano. A situação ficou tão grave que Zé Neto cogitou encerrar a dupla. Após um afastamento de 90 dias, ambos retomaram as apresentações no mês passado.
O relato de Zé Neto reforça a importância do cuidado com a saúde mental e física, além de quebrar tabus sobre condições como a depressão. Sua sinceridade traz à tona os desafios enfrentados mesmo por figuras de grande sucesso.