A Viação Tabuazeiro, uma das principais empresas de transporte coletivo do Espírito Santo, teve sua falência decretada em outubro de 2024. Esta decisão foi tomada pelo juiz Marcos Pereira Sanches, da Vara de Falências do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, marcando o fim de uma era para a empresa que operava em Vitória e na Região Metropolitana.
A sentença veio após anos de dificuldades financeiras e operacionais, além de denúncias de descumprimento contratual. O impacto da falência da Viação Tabuazeiro foi significativo, afetando milhares de clientes que dependiam de seus serviços diariamente.
A empresa já vinha enfrentando uma série de desafios, incluindo a queda de receita durante a pandemia de 2020, o que agravou ainda mais sua situação financeira. Sem renovar sua frota há mais de oito anos e com frequentes atrasos salariais, a empresa viu seus trabalhadores promoverem paralisações, complicando ainda mais suas operações.
Quais foram os fatores que levaram à falência?
Vários fatores contribuíram para a falência da Viação Tabuazeiro. A pandemia de 2020 foi um dos principais catalisadores, causando uma queda acentuada na receita devido à redução no número de passageiros. Além disso, a empresa enfrentou dificuldades em manter sua frota atualizada, o que resultou em veículos obsoletos e ineficientes. A falta de investimentos em infraestrutura e a má gestão financeira também desempenharam papéis cruciais no declínio da empresa.
Outro fator significativo foi a redistribuição das rotas. Com a empresa incapaz de cumprir suas obrigações contratuais, diversas linhas e veículos foram transferidos para a Viação Grande Vitória como parte de um esforço para quitar dívidas e aliviar o caixa. Essa transferência de ativos foi um último esforço para manter a empresa à tona, mas acabou sendo insuficiente para evitar a falência.
Como a falência afetou o transporte público na região?
A falência da Viação Tabuazeiro teve um impacto considerável no transporte público de Vitória e da Região Metropolitana. A redistribuição das rotas para outras empresas, como a Viação Grande Vitória, foi uma medida necessária para garantir a continuidade dos serviços de transporte.