Nos últimos anos, o sertanejo tem conquistado cada vez mais espaço em festivais de música que, tradicionalmente, não incluíam esse gênero.
Eventos como o Rock in Rio e o Turá, que historicamente focavam em outros estilos musicais, agora trazem artistas sertanejos em seus line-ups, o que gerou discussões entre fãs e críticos.
Rock in Rio e a Diversidade Musical
O Rock in Rio, conhecido por ser um dos maiores festivais de música do mundo, sempre teve um foco amplo, apesar de seu nome.
Desde sua primeira edição, em 1985, o festival já contava com artistas de diferentes gêneros, como James Taylor e Elba Ramalho, ao lado de bandas de rock.
A presença de artistas como Simone Mendes e Ana Castela na edição de 2024 reforça essa diversidade, com a porta-voz do evento, Roberta Medina, destacando que o festival sempre foi sobre “atitude”, e não exclusivamente sobre rock.
O Sertanejo em Ascensão
Além do Rock in Rio, festivais como o Turá também abriram espaço para o sertanejo, surpreendendo o público ao anunciar Chitãozinho e Xororó como atração principal.
Isso reflete o crescente poder do sertanejo no Brasil, um gênero que hoje representa cerca de 70% do mercado musical do país.
Apesar de, no passado, ser visto como um estilo de nicho, o sertanejo se tornou o mais ouvido nas rádios e domina o cenário cultural, com artistas frequentemente realizando múltiplos shows em um único dia.
A Diversidade Musical em Festivais
Apesar da presença crescente do sertanejo, não significa que todos os festivais precisam incluir o gênero em seus line-ups. A diversidade é o que faz os festivais se destacarem, e cada evento tem seu eixo curatorial.
Festivais como Glastonbury e Coquetel Molotov mostram que a confiança do público na curadoria é o que move a venda de ingressos e mantém a riqueza cultural dos eventos.