A Vale Base Metals, subsidiária da Vale, está focada em aumentar significativamente sua produção de cobre nos próximos anos. Este movimento é impulsionado pela crescente demanda global, decorrente da transição energética e do avanço da inteligência artificial. A empresa pretende elevar sua produção anual de cobre para 700 mil toneladas até 2035, com um foco especial em novos projetos no sudeste do Pará.
Atualmente, a Vale planeja extrair entre 420 mil e 500 mil toneladas de cobre por ano até 2030, considerando todas as suas operações, incluindo as no Canadá. A meta de expansão visa atender à demanda crescente por cobre, essencial para a eletrificação e a construção de data centers, fundamentais para a revolução da inteligência artificial.
Por que a demanda por cobre está aumentando?
O cobre é um componente crucial em processos elétricos, e a migração de setores que dependem de combustíveis fósseis para soluções eletrificadas está impulsionando a demanda por este metal. Além disso, a instalação de novos data centers, que requerem grandes quantidades de cobre para equipamentos de resfriamento, está contribuindo para essa tendência.
Estima-se que o mundo precisará de 150% mais cobre até 2050 em comparação com o que foi minerado até 2018. A crescente popularidade dos veículos elétricos, que utilizam 2,5 vezes mais cobre do que os carros a combustão, também está impulsionando a demanda. Espera-se que o setor automobilístico consuma 2,5 milhões de toneladas de cobre até 2030.
Quais são os planos da Vale para atender a essa demanda?
A Vale Base Metals está desenvolvendo vários projetos no Pará para aumentar sua produção de cobre. A mina de Salobo, em Marabá, é atualmente a maior operação de cobre da empresa, com uma produção de quase 200 mil toneladas no ano passado. A empresa planeja expandir a operação de Salobo e iniciar novos projetos, como o Paulo Afonso, que poderá produzir entre 70 mil e 100 mil toneladas de cobre por ano.