A trajetória de sucesso de Ana Castela foi um dos destaques desta quarta-feira (28), durante o Rio2C, evento realizado no Rio de Janeiro. A apresentação contou com a participação de Everton Albertoni, CMO da AgroPlay Music, empresa responsável pela gestão da carreira da cantora. Albertoni compartilhou detalhes importantes sobre o início da trajetória da artista, que atualmente é um dos maiores nomes da música nacional.
“Quando eu comecei a trabalhar com a Ana, ela tinha 170 seguidores. Vi todas as fases dela”, relembrou o empresário ao comentar sobre a evolução meteórica da artista. Ele destacou que o início foi marcado por muito esforço, especialmente em um contexto delicado: “Foi muita ralação. Era um período caótico de pandemia. A gente viu o que estava faltando no mercado naquele momento e onde a gente avançaria. E 100% no digital.”
Segundo o jornalista André Piunti, que também participou do debate, o mercado sertanejo passou por uma transformação significativa nos últimos anos, especialmente na adaptação ao ambiente digital. “Formou-se um cenário complicado pós-pandemia porque todos os artistas grandes quiseram trabalhar de uma vez. Não tinha espaço para os artistas menores. Quem era promessa de 2019 ficou abafado. Só Ana Castela conseguiu escapar disso. Quando ela aparece, a equipe dela já era toda digital”, analisou Piunti.
A aposta no TikTok e a independência de Ana Castela
Entre as estratégias que marcaram o começo da carreira da cantora, destacou-se o uso do TikTok como principal plataforma de divulgação. “Ela foi para essa vertente de criação de conteúdo e nasceu com essa linguagem digital”, explicou Albertoni, reforçando como a artista conseguiu se destacar rapidamente por compreender e se adaptar à dinâmica das redes sociais.
Outro dado importante revelado durante o evento foi o valor investido na primeira música de Ana Castela. Segundo Albertoni, a canção “Boiadeira” recebeu um aporte financeiro de R$ 5 mil nas plataformas digitais. A música acabou se tornando um dos principais sucessos da cantora, impulsionando seu nome nacionalmente.
“Catálogo é igual herança. É o volante do artista. É poder. Ana Castela é independente até hoje. A estratégia é ser livre. Você poder aplicar o que quer na carreira, a liberdade do que você vai criar, com um bom planejamento”, afirmou o empresário, destacando a importância da autonomia artística na construção da carreira da cantora.
Ele também apontou a diferença entre o sucesso digital e o engajamento real do público: “O termômetro é ver o que o público está cantando no show. Sempre vai ser termômetro. Mas o digital se tornou o coração no mercado. Não só aqui no Brasil, mas em todos os países.”
Outro ponto abordado por Albertoni foi a expansão da marca Ana Castela para diferentes faixas etárias. Ele revelou que a equipe está trabalhando em um projeto infantil inspirado na cantora: “Estamos trabalhando em um desenho infantil da Ana Castela. Uma criança assistindo um desenho didático, crescendo e vendo no streaming é maravilhoso. Você consolida uma geração. Artista com fã é outra história.”
Assim, a trajetória de Ana Castela, que começou com apenas 170 seguidores e um investimento modesto, hoje se consolida como um case de sucesso na indústria musical, com estratégias bem definidas, forte presença digital e foco em criar conexões duradouras com públicos de todas as idades.