O Brasil é um dos países com maior potencial mineral do mundo, destacando-se especialmente pelas terras raras. Esses elementos químicos são essenciais para o desenvolvimento de tecnologias avançadas, como smartphones, turbinas eólicas e veículos elétricos.
Apesar de sua abundância no subsolo brasileiro, a exploração de terras raras ainda é limitada, com apenas 35% do território nacional mapeado geologicamente para esse fim. As terras raras são consideradas estratégicas para a transição energética e a segurança industrial global.
No entanto, o Brasil enfrenta desafios ambientais, técnicos e regulatórios que impedem o avanço desse mercado. Especialistas estimam que a exploração adequada desses recursos poderia agregar até R$ 243 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Quais são os desafios para a exploração de terras raras no Brasil?
A exploração de terras raras no Brasil enfrenta uma série de desafios. Primeiramente, a infraestrutura necessária para o transporte e processamento dos minérios é insuficiente, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, que são promissoras para a mineração.
Além disso, a presença de elementos como tório e urânio em depósitos de terras raras exige técnicas específicas de separação e gestão de resíduos, tornando a operação mais complexa.
Outro obstáculo significativo é a necessidade de investimentos em logística e energia para tornar o setor mais competitivo. A construção de ferrovias, rodovias e portos é crucial para facilitar o escoamento dos minérios e atrair investidores.
O governo federal tem demonstrado interesse em impulsionar o setor, prometendo revisar o marco regulatório da mineração e estimular a pesquisa e desenvolvimento.
Oportunidades econômicas e estratégicas
O Brasil possui potencial não apenas nas terras raras, mas também em outros minerais estratégicos, como cobre e urânio. O cobre é vital para a eletrificação, enquanto o urânio é crucial para o fornecimento de energia nuclear. A combinação desses fatores coloca o país em uma posição estratégica para liderar a nova economia verde e atrair investimentos internacionais.