O fenômeno climático La Niña, conhecido por causar o resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial, está se aproximando de seu fim. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou recentemente que o evento deve entrar em uma fase neutra nos próximos meses. Este fenômeno teve início em dezembro de 2024, quando as temperaturas da superfície do mar atingiram níveis que caracterizam a La Niña.
Desde agosto de 2024, as temperaturas na região do El Niño 3.4 já apresentavam valores abaixo da média, indicando a presença de águas mais frias. No entanto, foi apenas em dezembro que as condições necessárias para a caracterização do fenômeno foram plenamente atendidas. Durante os primeiros meses de 2025, o fenômeno manteve-se, mas com sinais de enfraquecimento.
Como a La Niña Afeta o Clima Global?
A La Niña é um fenômeno que impacta o clima global de diversas maneiras. Ela pode influenciar padrões de precipitação e temperatura em várias partes do mundo. Por exemplo, em algumas regiões, pode causar chuvas acima da média, enquanto em outras, pode resultar em secas prolongadas. Além disso, a La Niña pode afetar a intensidade e a frequência de ciclones tropicais.
O enfraquecimento do fenômeno foi observado em fevereiro de 2025, quando houve uma redução das áreas com águas frias no Pacífico Equatorial. Essa mudança foi acompanhada pelo surgimento de águas ligeiramente mais quentes, especialmente próximas à costa oeste da América do Sul. Essa transição é um indicativo de que o fenômeno está se dissipando.

Quais são as Previsões para os Próximos Meses?
De acordo com os principais modelos meteorológicos internacionais, as temperaturas da superfície do mar no Pacífico Equatorial devem permanecer abaixo da média na primeira quinzena de março de 2025. No entanto, há uma expectativa de que essas temperaturas retornem à neutralidade em breve. A OMM estima uma probabilidade de 60% de transição para condições neutras entre março e maio de 2025, aumentando para 70% entre abril e junho.
Essa transição para a neutralidade significa que não haverá predominância de La Niña ou El Niño, o que pode trazer um período de estabilidade climática relativa. No entanto, é importante que as previsões e avisos meteorológicos continuem sendo acompanhados, pois mudanças climáticas podem ocorrer de forma inesperada.
Impactos e Considerações Finais
O fim da La Niña pode trazer alívio para regiões que sofreram com suas consequências, como secas ou chuvas excessivas. Entretanto, a transição para a neutralidade não elimina a necessidade de monitoramento contínuo das condições climáticas. As autoridades meteorológicas, como o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), continuam a fornecer atualizações regulares sobre o clima.
É essencial que governos e comunidades permaneçam vigilantes e preparados para possíveis mudanças climáticas. A compreensão dos fenômenos como a La Niña e suas transições é crucial para mitigar seus impactos e adaptar-se às condições climáticas em constante evolução.