O céu azul que se observa em um dia ensolarado é resultado de um fenômeno conhecido como dispersão de Rayleigh. A luz solar, composta por um espectro de cores, interage com as moléculas e átomos na atmosfera terrestre. Durante essa interação, a luz azul é dispersa em todas as direções com mais intensidade do que outras cores, como o vermelho. Isso ocorre porque a luz azul possui um comprimento de onda mais curto, o que facilita sua dispersão. Assim, o céu parece azul para um observador na Terra.
Ao entardecer, o Sol se aproxima do horizonte e a luz precisa atravessar uma camada maior da atmosfera. Nesse trajeto, a luz azul é quase totalmente dispersa ou absorvida, permitindo que as cores vermelhas e alaranjadas predominem, resultando em um pôr do sol avermelhado. Este fenômeno é uma manifestação clara da dispersão de Rayleigh em ação.
O que é o brilho do ar noturno?
Durante a noite, o céu não é completamente escuro. Um fenômeno chamado luminescência atmosférica ou airglow faz com que a atmosfera emita uma luz tênue. Este brilho é causado por reações químicas que ocorrem na alta atmosfera, onde átomos e moléculas liberam energia na forma de luz. O oxigênio, por exemplo, emite luz verde e vermelha, enquanto o sódio contribui com um brilho amarelo característico.
O airglow é mais visível em locais afastados da poluição luminosa, como em áreas remotas ou em observatórios astronômicos. Essa luminescência natural não é resultado de fontes de luz artificiais, mas sim de processos atmosféricos contínuos que ocorrem mesmo na ausência de luz solar direta.
Como as estrelas cadentes influenciam o brilho do céu?
Estrelas cadentes, ou meteoros, são responsáveis por uma parte significativa do brilho do ar noturno. Quando esses pequenos fragmentos de poeira espacial entram na atmosfera terrestre, eles se aquecem e vaporizam, deixando um rastro de átomos e moléculas. Entre esses átomos, o sódio é particularmente notável, contribuindo para o brilho amarelo do airglow.