Em uma medida pioneira, a plataforma Hurst Capital transformou em investimentos os royalties de músicas sertanejas e de forró interpretadas por nomes renomados como Wesley Safadão, Gusttavo Lima, Bruno e Marrone, e Simone e Simaria. A empresa já havia realizado esse procedimento com canções de outros artistas, incluindo a dupla Maiara e Maraisa.
Os royalties são pagamentos feitos pela utilização de um bem sobre o qual se detêm direitos autorais. No contexto musical, esses valores são pagos aos compositores pelas reproduções em streaming e execuções públicas, além de intérpretes que também têm direito aos pagamentos quando suas versões das músicas são utilizadas.
Como Funciona o Investimento em Royalties Musicais?
O catálogo do compositor Jujuba, nome artístico de Juarez Pires de Moura Neto, está sendo disponibilizado para investimento. Jujuba é o criador de sucessos como “Solteiro Não Trai”, “Que Pena Que Acabou” e “Você Beberia ou Não Beberia?”. Para investir, é necessário um aporte mínimo de R$ 10 mil, e os investidores passam a receber parcelas mensais proporcionais ao valor investido.
A venda desses royalties pode ser realizada de maneira definitiva ou por um período pré-determinado. No caso de Jujuba, a operação tem um prazo estipulado de 360 meses. A plataforma Hurst Capital utiliza a tecnologia blockchain para tokenizar os royalties musicais, permitindo que sejam comprados e vendidos como tokens digitais.
Quais São os Benefícios de Investir em Royalties Musicais?
Para os investidores, os royalties oferecem uma maneira de diversificar a carteira e obter retornos potenciais. Para os artistas, a antecipação de receita é a principal vantagem, possibilitando investimentos em novos projetos financeiros ou musicais. Segundo Arthur Farache, CEO da Hurst Capital, as músicas de Jujuba têm um histórico estável e uma base de fãs consolidada, garantindo um fluxo contínuo de royalties.
O Que é Tokenização e Como Ela Impacta os Investimentos?
A tokenização é um processo que converte ativos em tokens digitais que podem ser vendidos. A Hurst Capital utiliza a tecnologia blockchain para tokenizar royalties musicais, o que facilita a negociação no mercado secundário. Essa inovação permite inclusive a venda de frações menores do investimento inicial de R$ 10 mil, oferecendo mais flexibilidade aos investidores.
Retorno e Riscos dos Investimentos em Royalties Musicais
A Hurst Capital projeta um retorno anual de 19,81% com o catálogo de Jujuba. No entanto, Danielle Poli Vlavianos, advogada do escritório Poli Advogados & Associados, alerta que o mercado musical é volátil e pode ser afetado por diversas incertezas, como a popularidade do artista e inovações tecnológicas no consumo musical.
Outros fatores de risco incluem problemas operacionais, financeiros ou legais com gestores de direitos, distribuidores e plataformas de streaming. Além disso, alterações na legislação de direitos autorais e possíveis litígios envolvendo os direitos das obras são aspectos que podem impactar negativamente os rendimentos dos royalties.
Outros Artistas que Já Negociaram Royalties com a Hurst Capital
Desde sua primeira operação em 2020, com o pianista e compositor João Luiz de Avellar, a Hurst Capital tem ampliado seu portfólio. Em 2024, o portfólio do empresário Boni foi um dos destaques, incluindo a música tema do Fantástico e outros sucessos da TV. Outros artistas como Beyoncé, Justin Bieber, Moacyr Franco, Kadu Martins e Maiara & Maraisa também participaram das operações realizadas pela Hurst.
Como Participar dos Investimentos em Royalties Musicais?
Os interessados podem ingressar no investimento pelo mercado primário enquanto houver cotas disponíveis. Posteriormente, é possível atuar no mercado secundário, comprando ou revendendo frações menores dos royalties. Dessa forma, o investimento se torna acessível a uma gama maior de pessoas interessadas em diversificar seus portfólios.