A Petrobras iniciou o ano de 2025 com um desempenho financeiro notável, registrando um lucro líquido de R$ 35 bilhões no primeiro trimestre. Este resultado foi impulsionado pela expansão da produção no pré-sal, especialmente nos campos de Búzios e Atapu, além de um cenário internacional favorável e a valorização do real frente ao dólar.
A estatal apresentou uma robusta geração de caixa operacional, totalizando R$ 49,3 bilhões, além de um EBITDA ajustado de R$ 61 bilhões. Esses indicadores refletem a eficiência da empresa em suas operações e o aumento de 5,4% na produção total de óleo e gás natural, que atingiu 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed).
Quais foram os principais investimentos da Petrobras no pré-sal?
Os investimentos da Petrobras no pré-sal priorizaram os campos de Búzios e Atapu. Do total de R$ 23,7 bilhões investidos no trimestre, uma parcela significativa foi direcionada aos projetos do pré-sal na Bacia de Santos. A Petrobras intensificou a perfuração e interligação de poços, além de avançar na construção de novas unidades de produção.
O diretor financeiro, Fernando Melgarejo, destacou que os aportes foram concentrados principalmente em Búzios e Atapu, considerados ativos fundamentais para garantir a curva de produção futura da empresa. Esses investimentos representam 22% da meta anual da companhia.
Novas Unidades de Produção e Avanços Operacionais
O início das operações do FPSO Almirante Tamandaré, no Campo de Búzios, em fevereiro, foi um dos destaques operacionais do trimestre. A unidade tem capacidade de produção de 225 mil barris por dia e processamento de até 12 milhões de metros cúbicos de gás. Já o FPSO Alexandre de Gusmão, destinado ao Campo de Mero, chegou à locação e deve iniciar atividades entre o segundo e terceiro trimestre.
Mesmo excluindo os efeitos pontuais, como a valorização cambial de 7% no período, a companhia apresentou um lucro recorrente de R$ 23,7 bilhões, representando um crescimento de 31% em relação ao quarto trimestre de 2024. O EBITDA ajustado, sem eventos extraordinários, foi de R$ 62,3 bilhões, resultado do aumento nas vendas de petróleo e do melhor desempenho do diesel no mercado internacional.