O cenário de exploração de petróleo e gás no Brasil tem passado por transformações marcantes, impulsionadas por investimentos robustos e avanços tecnológicos liderados pela Petrobras.
Entre os projetos de maior destaque está o Búzios 11, localizado no Pré-Sal da Bacia de Santos, que representa um marco na engenharia submarina e na produção offshore nacional.
O desenvolvimento desse megaprojeto evidencia a busca da estatal por ampliar a produção energética e fortalecer a cadeia industrial brasileira.
O campo de Búzios, descoberto em 2010, rapidamente se consolidou como um dos mais promissores do país. A expectativa é que, até 2030, Búzios alcance a liderança na produção de óleo no Brasil, com potencial para atingir até 2 milhões de barris diários.
Esse crescimento é sustentado por contratos bilionários, inovações em sistemas submarinos e uma estratégia de investimentos que visa não apenas o aumento da produção, mas também o fortalecimento da indústria nacional e a adoção de práticas mais sustentáveis.
Como funcionam os projetos de interligação submarina da Petrobras?
Os projetos de interligação submarina da Petrobras envolvem a conexão de poços produtores e injetores a unidades flutuantes de produção, conhecidas como FPSOs (Floating Production Storage and Offloading).
No caso do Búzios 11, o sistema prevê a instalação de 15 poços conectados ao FPSO P-83 por meio de mais de 100 quilômetros de dutos rígidos e flexíveis, em profundidades que chegam a 2.000 metros. Esse processo exige engenharia de alta complexidade, com soluções para desafios como pressão elevada, presença de CO2 e distância da costa.
O FPSO P-83, considerado o coração do Búzios 11, é uma unidade de última geração, projetada para processar até 225 mil barris de óleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
ntre as tecnologias embarcadas, destacam-se sistemas de captura e armazenamento de carbono, gêmeos digitais para monitoramento em tempo real e flare fechado, que reduz emissões atmosféricas.