Os anos 2000 foram um marco na música brasileira, especialmente em Campo Grande, onde o sertanejo universitário emergiu como um fenômeno cultural. Antes disso, as casas de shows eram dominadas por bandas de rock, mas a chegada do sertanejo universitário trouxe uma nova sonoridade que rapidamente conquistou o público.
O Impacto nas Casas de Show
O sertanejo universitário não apenas ganhou espaço, mas “varreu” outros gêneros musicais, transformando a cena das casas de show. O estilo, com suas letras acessíveis que falam sobre amor e festas, atraiu uma nova geração de ouvintes. Flávio Guedes, baterista e produtor musical, destaca que o sertanejo se profissionalizou e se tornou uma verdadeira indústria, enquanto outros estilos não conseguiram acompanhar essa evolução.
A Dificuldade de Adaptação do Rock
Gustavo Bijos, vocalista da banda Links, menciona que o rock teve dificuldades em se adaptar às novas demandas do público. Com o sertanejo se tornando popular, o rock tradicional perdeu espaço, pois suas temáticas mais profundas não ressoavam com as novas gerações, que buscavam músicas mais leves.
José Geraldo Ferreira, conhecido como Zé Geral, tinha uma visão diferente sobre o sertanejo universitário. Desde o início, ele acreditava no potencial do gênero, percebendo a crescente demanda por novas sonoridades. Ele destaca que a cena musical de Campo Grande sempre teve diversidade, mas o sertanejo universitário trouxe uma nova vitalidade ao ambiente.
Com o crescimento do sertanejo, as pistas de dança também passaram por transformações. DJs como Adelino França notaram mudanças nas preferências do público, com a música dançante se tornando a trilha sonora de uma nova geração.