As “Notas da Comunidade” são uma nova funcionalidade introduzida pela Meta, empresa controladora do Facebook, com o objetivo de fornecer contexto adicional a postagens nas redes sociais. Esse sistema é colaborativo e permite que os usuários contribuam com informações que ajudem a esclarecer ou contextualizar conteúdos potencialmente enganosos. A implementação dessa ferramenta faz parte de uma estratégia mais ampla da Meta para modificar sua abordagem na moderação de conteúdo.
Inicialmente, as “Notas da Comunidade” estarão disponíveis em seis idiomas, incluindo o português, mas serão limitadas aos Estados Unidos. A Meta planeja expandir o recurso para outros países no futuro, embora ainda não haja uma data definida para essa expansão. Enquanto isso, a empresa continuará a colaborar com agências de checagem de fatos em mercados fora dos EUA, como o Brasil.
Como funciona o sistema colaborativo das “Notas da Comunidade”?
O sistema das “Notas da Comunidade” é projetado para ser colaborativo, permitindo que os usuários adicionem notas a postagens que considerem necessitar de contexto adicional. Para uma nota ser publicada, é necessário que um grupo diversificado de usuários concorde que ela fornece informações relevantes. Caso haja discordância significativa entre os colaboradores, a nota não será exibida até que se alcance um consenso mais amplo.
Esse modelo difere das verificações de fatos tradicionais, pois não restringe o alcance das postagens que recebem correções ou contextualizações. A Meta acredita que essa abordagem é menos vulnerável a campanhas organizadas que buscam manipular a moderação e pode alcançar uma escala maior do que os programas anteriores de checagem de fatos.
Por que a Meta está mudando sua estratégia de moderação de conteúdo?
A mudança na estratégia de moderação de conteúdo da Meta ocorre em um contexto de crescente debate sobre liberdade de expressão e a influência das redes sociais. Desde 2016, a empresa mantinha parcerias com agências de checagem de fatos para avaliar postagens enganosas. No entanto, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, defende uma abordagem mais aberta à liberdade de expressão, especialmente após a reeleição de Donald Trump em 2024.