Em 2018, o paraibano Sandro Alves de Oliveira ganhou destaque ao desenvolver um sistema inovador para motocicletas, utilizando água como parte do combustível. A ideia surgiu em meio à crise dos combustíveis durante a greve dos caminhoneiros, quando Sandro, um autodidata em eletrônica e mecânica, buscou uma alternativa mais acessível e sustentável.
Morador de Alagoa Nova, na Paraíba, Sandro adaptou sua moto com um reator de alumínio, que, segundo ele, separava o hidrogênio da água para alimentar o motor. Ele alegava que sua motocicleta poderia percorrer até 1.000 km com apenas 1 litro de água, embora essa afirmação não tenha sido testada ou confirmada por especialistas.
Como Funciona a Moto Movida a Água?
O sistema criado por Sandro baseia-se na extração de hidrogênio da água, um conceito que já é estudado mundialmente. No entanto, a tecnologia para utilizar hidrogênio como combustível de forma eficiente exige processos sofisticados. O reator caseiro de Sandro, apesar de inovador, não passou por testes técnicos independentes que comprovassem sua eficácia.
Especialistas afirmam que um veículo movido somente a água não é viável com a tecnologia atual. O processo de separação do hidrogênio da água e sua utilização como combustível requer equipamentos avançados, que não estavam presentes no projeto de Sandro.
Por que a Invenção de Sandro Não Avançou?
Desde que ganhou notoriedade, a invenção de Sandro não foi desenvolvida ou comercializada. Ele não patenteou sua criação nem apresentou estudos detalhados sobre sua eficácia. Além disso, Sandro expressou preocupação com a aceitação da indústria automotiva e das grandes empresas de combustíveis, o que o levou a manter o projeto restrito ao seu próprio uso.
O interesse por veículos movidos a hidrogênio continua crescendo globalmente, com montadoras investindo em sistemas mais sofisticados. No entanto, a falta de validação científica e reconhecimento oficial limitou o avanço do projeto de Sandro.