No último final de semana, a dupla sertaneja Henrique e Juliano marcou presença na Divina Expo 2025, evento tradicional realizado em Divinópolis, no estado de Minas Gerais. Durante a participação, os cantores concederam uma entrevista à influenciadora Isabella Resende Macedo, momento em que abordaram um tema importante relacionado às críticas que alguns pais fazem em relação ao conteúdo das músicas, especialmente sobre o uso de palavrões nas letras.
Henrique foi direto ao comentar sobre a responsabilidade dos artistas frente às letras que gravam e também fez um apelo aos pais que criticam conteúdos considerados inadequados para seus filhos: “A gente sempre teve muita responsabilidade e vai continuar tendo responsabilidade com aquilo que a gente grava. Eu só não quero, e quero fazer um pedido aqui agora para todos os pais: que não transfiram a responsabilidade de vocês para os artistas”, declarou o cantor, reforçando a importância do papel da família no controle do que as crianças consomem musicalmente.
O contexto e a responsabilidade nas letras
Na mesma linha, Henrique acrescentou que a dupla sempre se preocupa com o contexto das canções e rejeita o uso de palavras fortes ou palavrões apenas por apelo comercial. Ele enfatizou: “Se você sentir que, em algum momento, tem alguma palavra um pouco mais pesada — que a gente sempre procura entender também o contexto da música, tá? — a gente não vai falar palavrão na música que não tenha contexto, só por ser apelativo. Isso jamais. Só pra vender a música, isso nunca”.
A dupla reforçou ainda que cada música precisa ter uma história, com contexto e sentimento, elementos que sempre são priorizados no trabalho artístico que realizam. Henrique completou: “E o sentimento sempre vai estar envolvido com amor, ou paixão, ou término, alguma coisa nesse sentido. Se você sentir que é pesado pra criança de você ouvir, não mostre… Sabe, mas não transfira a responsabilidade pra gente que é artista, entendeu? Tipo: ‘não grave porque meu filho te ouve’”, afirmou, deixando claro o entendimento de que cabe aos pais decidir o que seus filhos devem ou não escutar.
A fala sincera e direta da dupla gerou repercussão e trouxe novamente ao debate público a questão dos limites da responsabilidade artística e o papel das famílias no acompanhamento do conteúdo consumido por crianças e adolescentes.