Adalto Mello, cantor e compositor de pagode, perdeu a vida tragicamente na madrugada de domingo (29), em São Vicente, litoral de São Paulo. Ele pilotava sua motocicleta pela Avenida Tupiniquins quando foi atingido por um carro conduzido por Thiago Arruda Campos Rosas, de 32 anos. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Thiago ultrapassou outro veículo e colidiu com Adalto, que foi arremessado no impacto.
Alcoolismo e Prisão
Thiago apresentou sinais claros de embriaguez, segundo o boletim de ocorrência, com fala arrastada, olhos vermelhos e andar instável. O teste do bafômetro indicou 0,82 mg/L de álcool no organismo, 20,5 vezes acima do limite permitido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Ele foi preso em flagrante e, após audiência de custódia, teve sua prisão convertida em preventiva.
Inicialmente registrado como homicídio culposo (sem intenção de matar), o caso foi reclassificado como homicídio doloso com dolo eventual, dado que Thiago assumiu o risco ao dirigir embriagado.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros tentaram reanimar Adalto, mas a morte foi constatada ainda no local. A colisão também resultou em danos significativos, com o carro batendo contra uma árvore após atingir a motocicleta.
A Vida e a Carreira de Adalto Mello
Adalto Mello, de 39 anos, era apaixonado por música desde a infância, aprendendo a tocar cavaco de forma autodidata. Ele participou de corais e eventos, e seu maior sonho era viver da música, não pelo sucesso ou dinheiro, mas pelo amor à arte.
Além de músico, Adalto era formado em Educação Física e pai de um menino de 10 anos. Sua mãe, Carla Vanessa, expressou o orgulho que sentia pelo talento do filho, que deixou uma lacuna irreparável na vida de sua família e amigos.