O litoral do Ceará, com seus 570 km de extensão, é um dos principais atrativos turísticos do estado, contribuindo significativamente para a economia local através da pesca, turismo e produção de energia. No entanto, a erosão costeira ameaça metade dessa extensão, colocando em risco não apenas a beleza natural das praias, mas também a economia e o meio ambiente locais.
Com o agravamento das mudanças climáticas e a crescente degradação ambiental, um estudo inédito sobre os processos erosivos na costa cearense foi lançado, destacando a urgência de ações para mitigar os danos. Este estudo é parte do Plano de Ações de Contingência para Processos de Erosão Costeira do Ceará (PCEC), que visa enfrentar esse desafio de forma abrangente e coordenada.
O Que Revela o Plano de Ações de Contingência?
O PCEC, desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente e Mudança do Clima em parceria com outras instituições, mapeia a situação das praias cearenses e propõe ações para mitigar os impactos da erosão. Utilizando técnicas avançadas de sensoriamento remoto, o estudo identificou que 47,5% do litoral está vulnerável a processos erosivos, com 16 praias em situação crítica.
As áreas mais afetadas estão no Litoral Oeste, onde a erosão crítica, com perdas superiores a 1 metro por ano, é mais frequente. Esse avanço do mar compromete não apenas a beleza natural, mas também atividades econômicas essenciais para a região.
Quais São as Áreas Mais Ameaçadas?
Entre as áreas mais ameaçadas, destacam-se praias conhecidas pelo turismo, mas que enfrentam sérios riscos de destruição. As praias de Picos e Peroba, em Icapuí, e a Prainha do Canto Verde, em Beberibe, são exemplos de núcleos de erosão crítica que demandam intervenção urgente.
- Praias de Picos e Peroba, em Icapuí
- Prainha do Canto Verde, em Beberibe
- Praia do Iguape, em Aquiraz
- Praia do Icaraí e Praia da Tabuba, em Caucaia
Essas áreas já apresentam perdas visíveis ou iminentes, ameaçando a infraestrutura, o turismo e a economia local.