A música sertaneja, um dos gêneros mais populares do Brasil, tem passado por transformações significativas ao longo dos anos. Uma das tendências mais marcantes é a incorporação de elementos de outros estilos musicais, como o funk. Este fenômeno tem gerado debates entre artistas e fãs sobre as razões e impactos dessa fusão.
Durante o programa “Viver Sertanejo”, transmitido em 26 de janeiro de 2025, o cantor Luan Pereira discutiu essa tendência com o apresentador Daniel. A conversa destacou a busca por inovação e a tentativa de alcançar um público mais amplo através da mistura de ritmos.
Por que misturar sertanejo com funk?
Segundo Luan Pereira, a mistura de sertanejo tem como objetivo tocar os corações das pessoas e atingir uma audiência maior. Ele acredita que a música deve evoluir, assim como outros aspectos da vida, e que essa fusão é uma forma de trazer novos elementos para o gênero sertanejo.
O cantor comparou essa evolução com mudanças passadas na música sertaneja, como a introdução de batidas e guitarras dobradas por artistas renomados. Para Luan, a música deve refletir as transformações sociais e culturais, mantendo-se relevante e atraente para as novas gerações.
“Eu quero entender o porque, essa coisa dessa mistura que você faz. Você traz muito essa coisa da pegada do funk com o sertanejo. Isso é para atingir um público maior talvez, para ter uma abrangência maior, ou é por que você gosta da sonoridade? Como que é?”, perguntou Daniel ao Luan.
“É tudo, é para tocar, eu falo que eu vim para esse mundo, que Deus me mandou para esse mundo, para tocar corações. Vou dar de exemplo, vocês (Rio Nero e Solimões) vieram numa revolução da música sertaneja com outros elementos, botando batida. O Zezé veio com as guitarras dobradas. E na época, uma galera estranhou, mas aceitaram”, afirmou Luan Pereira
Como a fusão de ritmos impacta o público?
A fusão de sertanejo com funk tem o potencial de atrair um público diversificado, que aprecia a energia e a modernidade do funk, além da tradição e emoção do sertanejo. Essa combinação pode resultar em músicas mais dançantes e envolventes, ampliando o alcance dos artistas e renovando o interesse pelo gênero.
No entanto, essa tendência também enfrenta resistência de puristas que preferem o sertanejo em sua forma mais tradicional. A discussão sobre a autenticidade e a essência do gênero é constante, mas muitos artistas veem a fusão como uma oportunidade de inovação e crescimento.
“O prédio cresce, as crianças nascem, os negócios evoluem. E por que que a música não pode evoluir?”, questiona Luan Pereira.