Lobão, um dos ícones do rock brasileiro, não hesita em expressar suas opiniões contundentes sobre a música sertaneja contemporânea. Em uma recente entrevista ao programa No Tom, ele descreveu o sertanejo atual como um “Frankenstein de muito mau gosto”. Para o cantor, essa forma musical representa uma poluição sonora e uma toxicidade que afeta a experiência do público.
Críticas ao Estilo e Comportamento
O músico de 67 anos criticou abertamente o perfil dos artistas sertanejos, afirmando que muitos deles se entregam a uma estética superficial e cafajeste. “Você não precisa fazer uma coisa vagabunda, como o sexismo grotesco”, disse Lobão, referindo-se ao que considera uma caricatura do gênero. Ele mencionou que alguns cantores adotam estilos que tentam imitar o rock, mas acabam se distanciando da autenticidade.
Interesses Ocultos
Lobão também levantou questões sobre os interesses econômicos e políticos que, segundo ele, sustentam o sucesso do sertanejo no Brasil. “É uma deformidade estética e comportamental”, afirmou, sugerindo que essa música não poderia se manter relevante sem um apoio externo. Ele acredita que o público não está realmente interessado na música em si, mas em conexões superficiais durante os shows.
Reflexão sobre a Música Sertaneja
Apesar de suas críticas, Lobão reconhece que existem artistas no sertanejo que se destacam pela sofisticação e bom gosto. Ele mencionou nomes como Elena Meirelles, Almir Sater e Renato Teixeira, elogiando suas contribuições ao gênero. Para ele, essas figuras representam uma vertente mais criativa e moderna do sertanejo, contrastando com a imagem negativa que ele atribui à maioria dos artistas atuais.