Em 2024, a música sertaneja celebra um século de história, marcada por influências diversas e uma evolução significativa.
Para entender melhor essa trajetória, é fundamental explorar os principais marcos do gênero.
Os Primeiros Passos (1924-1930)
A história da música sertaneja começou em 1924 com a formação de “A Turma Caipira de Cornélio Pires”.
Este grupo, liderado por Cornélio Pires, uniu elementos como viola, peças teatrais e catira, criando as bases do que viria a ser o sertanejo.
Em 1929, a turma lançou a primeira moda de viola no Brasil, “Jorginho do Sertão”, que se tornaria um clássico regravado por vários artistas.
Crescimento e Reconhecimento (1940-1980)
Na década de 1940, surgiram grandes nomes, como Alvarenga e Ranchinho, que se destacaram com letras que misturavam humor e críticas políticas.
Nos anos 1950, o sertanejo raiz ganhou força com artistas como Inezita Barroso e Tião Carreiro. Já na década de 1970, Milionário e José Rico se tornaram ícones, trazendo um timbre vocal distinto e inovando o estilo.
A década de 1980 é considerada a época de ouro do sertanejo, com duplas como Chitãozinho e Xororó e Zezé di Camargo e Luciano conquistando enorme popularidade e transformando a música em um fenômeno de massa.
A Modernização do Gênero (2000-2015)
Com a chegada do novo século, o sertanejo universitário ganhou destaque. Artistas como Jorge e Mateus e Fernando e Sorocaba trouxeram temas contemporâneos, centrando-se na vida urbana.
Em 2010, Luan Santana emergiu como uma estrela solo, quebrando paradigmas e atraindo um público jovem.
A partir de 2015, o Feminejo começou a brilhar, com cantoras como Marília Mendonça e Maiara e Maraisa conquistando seu espaço e redefinindo o cenário musical.
Assim, a música sertaneja evoluiu de suas raízes caipiras para se tornar um dos gêneros mais populares do Brasil, refletindo a rica diversidade cultural do país e a capacidade de adaptação aos novos tempos.