Nos últimos anos, a ideia de desextinção, ou seja, a possibilidade de trazer de volta à vida espécies que já foram extintas, captura a imaginação de cientistas e do público. Um dos casos mais notáveis é o do lobo terrível, uma espécie que desapareceu há cerca de 13 mil anos. A notícia foi informada no Jornal Nacional durante a semana.
Recentemente, a Colossal Biosciences anunciou um avanço significativo nessa área, alegando ter recriado características desse animal extinto em lobos-cinzentos modernos. O processo de desextinção não é simples e envolve uma série de etapas complexas. Em 2021, pesquisadores conseguiram extrair DNA de fósseis de lobos terríveis, o que permitiu à equipe da Colossal editar genes de lobos-cinzentos para incluir características do lobo terrível.
A partir dessas células geneticamente modificadas, foram criados embriões que, uma vez implantados em cadelas, resultaram no nascimento de filhotes com traços do lobo extinto.
Como a Desextinção é Possível?
A desextinção é viabilizada por avanços na biotecnologia, especialmente na edição genética. O DNA de espécies extintas pode ser recuperado de fósseis bem preservados, como dentes ou ossos. Com esse material genético, cientistas podem identificar genes específicos que conferem características únicas à espécie extinta. No caso dos lobos terríveis, foram identificados genes responsáveis por seu tamanho maior e pelagem densa.
Uma vez identificados, esses genes são inseridos em células de espécies vivas próximas, como os lobos-cinzentos. A edição genética é feita usando técnicas avançadas, como CRISPR, que permite a modificação precisa do DNA. Os embriões resultantes são então implantados em mães de aluguel, que dão à luz filhotes com características das espécies extintas.
Quais São os Desafios e Implicações da Desextinção?
Embora a desextinção ofereça promessas fascinantes, ela também levanta uma série de questões éticas e práticas. Um dos principais desafios é garantir que os animais recriados possam sobreviver no ambiente atual, que pode ser muito diferente daquele em que seus ancestrais viveram. Além disso, há preocupações sobre o impacto ecológico de reintroduzir espécies extintas em ecossistemas modernos.