O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, conhecido por sua atuação no julgamento do mensalão, iniciou movimentações políticas visando uma candidatura à Presidência da República em 2026.
Após anos afastado da vida pública, Barbosa busca consolidar uma alternativa política que se contrapõe às lideranças tradicionais, incluindo o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em 2018, Barbosa chegou a se filiar ao PSB e figurava com cerca de 10% nas intenções de voto, mas optou por não disputar o pleito. Agora, o ex-ministro retoma articulações, priorizando a escolha de um partido que lhe proporcione autonomia e alinhamento com suas propostas.
A expectativa é que essa definição ocorra até o fim deste mês, permitindo tempo hábil para a construção de uma campanha sólida.
Estratégia política e posicionamentos
Barbosa tem se posicionado como uma figura de centro-esquerda, defendendo pautas progressistas como a união estável entre pessoas do mesmo sexo e a implementação de cotas raciais. Economicamente, apoia privatizações e a independência do Banco Central, além de criticar a reeleição presidencial, que considera prejudicial à renovação política.
Recentemente, o ex-ministro utilizou suas redes sociais para criticar a postura do governo brasileiro em relação às eleições na Venezuela, questionando a ambiguidade do posicionamento oficial.
Também expressou descontentamento com decisões do Congresso Nacional, como projetos que equiparam o aborto ao homicídio, e classificou o presidente Lula como “omisso” em diversas questões.
Desafios e perspectivas eleitorais
A principal dificuldade enfrentada por Barbosa é a escolha de uma legenda partidária que não esteja comprometida com alianças pré-estabelecidas. Em 2018 e 2022, suas tentativas de candidatura foram frustradas por divergências internas nos partidos.
Desta vez, busca evitar os mesmos obstáculos, priorizando um partido que lhe ofereça liberdade para desenvolver sua plataforma política.