A Lua, nosso único satélite natural, fascina a humanidade por séculos. Com um diâmetro de aproximadamente 3.474 km, ela desempenha um papel crucial na Terra, influenciando as marés e contribuindo para a estabilidade do eixo terrestre. Apesar de sua proximidade e das décadas de estudo, o interior da Lua continua a ser um mistério intrigante. Recentemente, avanços significativos foram feitos graças aos dados coletados pelas missões Apollo, lançadas entre 1961 e 1972.
Essas missões não somente permitiram que humanos pisassem na superfície lunar, mas também forneceram uma riqueza de informações científicas. Entre essas descobertas, está a confirmação de que a Lua possui um núcleo interno sólido, semelhante ao da Terra, mas com características únicas que continuam sendo exploradas pelos cientistas.
Como as Missões Apollo Contribuíram para o Estudo da Lua?
As missões Apollo foram um marco na exploração espacial, permitindo a coleta de amostras e a instalação de equipamentos científicos na superfície lunar. Entre os avanços tecnológicos proporcionados por essas missões, destaca-se o desenvolvimento de sensores sísmicos, que foram fundamentais para o estudo do interior da Lua. Esses sensores permitiram a criação de um mapa sísmico, essencial para entender a estrutura interna do satélite.
Os dados sísmicos coletados durante as missões Apollo revelaram informações valiosas sobre a composição interna da Lua. Embora a resolução desses dados fosse limitada, eles foram suficientes para sugerir a presença de um núcleo interno sólido, uma descoberta confirmada por estudos mais recentes.
O Que os Estudos Recentes Revelaram Sobre o Núcleo da Lua?
Em 2023, um estudo inovador utilizou dados sísmicos das missões Apollo para mapear o interior da Lua com mais precisão. Os pesquisadores analisaram a propagação das ondas acústicas através do satélite, revelando a existência de um núcleo interno sólido com uma densidade semelhante à do ferro.
Este núcleo interno tem um raio de aproximadamente 258 km, representando cerca de 15% do raio total da Lua. Além disso, foi identificado um núcleo externo fluido com um raio de cerca de 362 km.