Após mais de cem anos de ausência, a anta (Tapirus terrestris), o maior mamífero terrestre da América do Sul, foi avistada novamente na Mata Atlântica. Este evento é um marco significativo para a conservação ambiental, pois a anta desempenha um papel crucial na manutenção dos ecossistemas. Sua presença indica que os esforços de preservação e restauração de habitats estão começando a dar frutos.
O avistamento ocorreu no Parque Estadual do Cunhambebe, no Rio de Janeiro, onde câmeras capturaram imagens de uma família de antas. Este retorno natural sugere que as condições ambientais estão se tornando mais favoráveis, permitindo que a espécie se restabeleça. Além disso, iniciativas de reintrodução têm sido fundamentais para aumentar a população de antas na região.
Quais são as características da anta?
A anta é um animal de grande porte, com características físicas distintas. Pode medir até 2 metros de comprimento e pesar cerca de 300 quilos. Sua pelagem é curta e geralmente de cor cinza escura, com uma crina estreita no pescoço. As orelhas têm pontas brancas, e seus olhos são pequenos. O focinho é alongado e flexível, permitindo que a anta se alimente de uma variedade de plantas.
Este mamífero herbívoro tem uma dieta diversificada, que inclui plantas terrestres e aquáticas, brotos, cascas de árvore e frutos. A anta é conhecida por consumir uma ampla gama de frutos, contribuindo para a dispersão de sementes e a regeneração da vegetação nativa.

Qual é o papel ecológico da anta?
As antas desempenham um papel vital na dispersão de sementes, ajudando a manter a diversidade vegetal nas florestas tropicais. Ao consumir frutos e defecar as sementes, elas promovem a germinação de novas plantas em diferentes áreas. Este processo é essencial para manter um ecossistema equilibrado e saudável.
A presença das antas também ajuda a evitar a superdominância de certas espécies vegetais, garantindo um equilíbrio ecológico. Sem esses animais, a diversidade de plantas pode ser reduzida, impactando negativamente a fauna que depende delas para alimento e abrigo.
O que a ausência da anta pode causar nos ecossistemas?
A falta de antas pode ter consequências significativas para os ecossistemas, especialmente na Mata Atlântica. A extinção de grandes mamíferos herbívoros, como as antas, pode alterar a biodiversidade da floresta, levando a uma simplificação do ecossistema. Isso pode resultar em uma menor diversidade de plantas e, consequentemente, afetar a fauna que depende delas.
Além disso, a ausência de antas pode impactar o sequestro de carbono, um serviço ecossistêmico crucial para mitigar as mudanças climáticas. A alteração na composição das plantas, causada pela falta desses mamíferos, pode afetar o balanço de emissão e absorção de carbono na floresta. Portanto, o retorno das antas à Mata Atlântica é um passo importante para a conservação e restauração dos ecossistemas.