No dia 28 de abril, o governo federal divulgou os primeiros detalhes da próxima edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), prevista para acontecer ainda em 2025. Essa será a segunda vez que o processo seletivo, inspirado no modelo do Enem, será aplicado para centralizar as vagas federais em um único concurso.
Na edição anterior, a iniciativa atraiu quase 1 milhão de inscritos, e agora volta com mais de 3 mil vagas imediatas, abrangendo diferentes órgãos públicos e níveis de escolaridade.
Com a promessa de mais agilidade e transparência nas contratações, o governo aposta novamente no modelo unificado como estratégia para melhorar a gestão de recursos humanos na esfera federal. Ao todo, serão oferecidas 3.352 vagas, sendo 2.844 destinadas a cargos que exigem nível superior e 508 para quem possui nível médio. A estimativa é que a primeira etapa das provas ocorra no mês de outubro, seguida pela segunda fase, marcada para dezembro.
Entre os principais cargos disponíveis estão analista, técnico, médico, engenheiro, assistente social e tecnologista, com oportunidades distribuídas entre 35 órgãos e instituições federais. Do total de vagas, 2.180 são para contratação imediata, enquanto as outras 1.172 compõem um cadastro reserva. Os candidatos poderão se inscrever apenas uma vez, com a possibilidade de escolher diversas opções de cargo, organizadas por ordem de preferência no ato da inscrição.
Como será a distribuição das vagas e as etapas do CNU 2025?
Um dos destaques da nova edição é a abrangência nacional das vagas, embora a maior parte esteja concentrada em Brasília (DF). Ainda assim, há oportunidades em estados como o Rio de Janeiro, que contará com 315 vagas, São Paulo com 65, Pará com 66 e Pernambuco com 20. A ideia é descentralizar as ofertas, ampliando o acesso da população aos cargos públicos e reforçando a presença do serviço federal em diferentes regiões do país.
A seleção de 2025 também trará mudanças na aplicação das provas. Ao contrário da edição passada, que foi realizada em uma única fase, o novo CNU será dividido em duas etapas. A primeira, uma prova objetiva, será aplicada no dia 5 de outubro. Já a segunda fase, com questões discursivas, está prevista para o dia 7 de dezembro. A convocação para essa segunda etapa dependerá do desempenho individual na prova objetiva, respeitando os critérios de ampla concorrência e cotas.
Uma novidade importante diz respeito à forma de identificação dos participantes. A antiga “bolinha de identificação”, utilizada no concurso anterior, será substituída por um sistema com código de barras, buscando evitar problemas na anonimização e melhorar a segurança do processo seletivo. Essa mudança responde a críticas recebidas na edição anterior e visa tornar o concurso mais confiável e eficiente.
Além disso, o concurso trará uma estrutura dividida em blocos temáticos, agrupando os cargos por área de atuação, o que deve facilitar tanto o planejamento dos candidatos quanto a logística de aplicação. Cada bloco contará com seu próprio edital, com regras específicas sobre conteúdo programático, exigências e etapas de inscrição.
A banca organizadora ainda será anunciada, com expectativa de definição até junho. O mesmo vale para o edital completo, que deve ser publicado no mesmo mês. Já o período de inscrições está previsto para começar em julho, com os resultados finais saindo em fevereiro de 2026.
Os salários iniciais variam entre R$ 7 mil e R$ 17 mil, o que contribui para tornar essa seleção uma das mais aguardadas do ano. A expectativa é que o número de inscritos supere o da primeira edição, consolidando o CNU como o principal concurso público federal do país.