A General Motors do Brasil (GMB) está no centro de uma controvérsia judicial após o Ministério Público Federal (MPF) defender que proprietários do Chevrolet Onix sejam indenizados. A empresa afirma que o veículo cumpre todas as especificações técnicas exigidas pela legislação brasileira. A questão gira em torno da segurança dos modelos fabricados entre 2012 e 2018, que, segundo o MPF, não oferecem proteção adequada contra impactos laterais.
O Ministério Público Federal alega que os modelos do Chevrolet Onix fabricados entre 2012 e 2018 não possuem a segurança necessária contra impactos laterais. Esta acusação se baseia em testes realizados pelo Programa de Avaliação de Carros Novos para América Latina e Caribe (Latin NCAP), que atribuiu nota zero ao veículo nesse quesito. O MPF considera que essa falha coloca em risco a vida e a segurança dos consumidores.
O pedido de indenização inclui R$ 100 mil para os familiares de cada vítima fatal em acidentes relacionados a impactos laterais e R$ 50 mil para consumidores que sofreram danos físicos comprovados. Além disso, o MPF busca uma compensação por danos morais coletivos, calculada com base no faturamento da GMB com as vendas do Onix.
Como a General Motors responde às acusações?
A General Motors do Brasil mantém a posição de que o Chevrolet Onix atende a todas as normas e regulamentações veiculares em vigor no Brasil. A empresa optou por não comentar diretamente sobre o caso em andamento na justiça, mas reafirma seu compromisso com a conformidade técnica de seus veículos. A GMB destaca que o Onix está seguindo as especificações exigidas pela legislação brasileira.
“A General Motors não comenta casos que estão em andamento na justiça. No entanto, é importante ressaltar que o veículo em questão atende integralmente às especificações técnicas exigidas pela legislação brasileira, incluindo todas as normas e regulamentações veiculares em vigor”, disse a GMB em nota.
Essa defesa da empresa é crucial, considerando que a decisão judicial pode ter implicações significativas para a marca, tanto em termos financeiros quanto de reputação. A análise do pedido pelo MPF está a cargo da 3ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, e o resultado pode influenciar futuras ações regulatórias e de segurança veicular no país.