A produção de laranjas no Brasil, essencial para o mercado de sucos, enfrenta um novo desafio fitossanitário: a podridão peduncular. Após o impacto do greening, citricultores de São Paulo e do Triângulo Mineiro agora lidam com essa doença fúngica, agravada por condições climáticas adversas.
Responsável por cerca de 70% da produção mundial de suco de laranja, o Brasil vê com preocupação o avanço de mais uma doença nos pomares. Além de comprometer a qualidade dos frutos, o novo problema surge num momento em que a cadeia produtiva já está abalada pelos prejuízos do greening, que reduziu drasticamente a produtividade nas últimas safras.
Fatores que contribuem para a disseminação
Condições de estresse térmico e hídrico aumentam a vulnerabilidade das plantas à infecção. Períodos de altas temperaturas e déficit hídrico, seguidos por chuvas que elevam a umidade, criam um ambiente propício para a proliferação dos fungos. O Fundecitrus alerta que plantas já debilitadas por outras doenças tornam-se ainda mais suscetíveis.
Medidas de controle e prevenção
Para mitigar os impactos da podridão peduncular, é fundamental adotar práticas culturais adequadas, como a poda e remoção de ramos secos, que servem de abrigo para os fungos. Pulverizações preventivas com fungicidas específicos também são recomendadas, especialmente em pomares com histórico da doença.
Além disso, cuidados na colheita e no manuseio dos frutos, evitando ferimentos, e o armazenamento em temperaturas abaixo de 10ºC ajudam a reduzir a incidência da doença.
A citricultura brasileira enfrenta desafios significativos com a podridão peduncular afetando a produção de laranjas destinadas ao mercado de sucos. A implementação de medidas preventivas e o monitoramento constante são essenciais para preservar a qualidade dos frutos e garantir a sustentabilidade da produção.