Em 1995, o Brasil vivenciou uma das maiores crises financeiras de sua história com a falência do Banco Nacional. A intervenção do Banco Central naquele ano revelou falhas significativas na governança bancária e gerou grande preocupação entre os correntistas. O Banco Nacional, até então uma das instituições mais conhecidas do país, enfrentou um colapso que marcou o setor financeiro.
Fundado em 1944, o Banco Nacional de Minas Gerais rapidamente se destacou no cenário bancário brasileiro. Sua estratégia de marketing, que incluía o patrocínio de grandes nomes do esporte como Ayrton Senna, ajudou a consolidar sua imagem. No entanto, apesar de sua trajetória de sucesso, problemas financeiros começaram a surgir no final da década de 1980, culminando na intervenção do Banco Central em 1995.
Como o Banco Nacional Chegou à Falência?
A trajetória do Banco Nacional foi marcada por um crescimento acelerado e por aquisições estratégicas, como a do Banco Sotto Maior e do Banco do Comércio e Indústria de Minas Gerais. No entanto, a partir de 1988, a instituição começou a mostrar sinais de dificuldades financeiras. A situação se agravou até que, em 1995, o Banco Central instaurou o Regime de Administração Especial Temporária (RAET), afastando os dirigentes e iniciando uma investigação sobre a gestão do banco.
Durante a intervenção, foram descobertas irregularidades significativas, incluindo a existência de 652 contas fictícias. Essas contas apresentavam um saldo que superava em cinco vezes o patrimônio líquido do banco, evidenciando a gravidade da situação financeira da instituição.
Quais Foram as Consequências da Intervenção?
Para mitigar os impactos da crise, o Banco Nacional foi dividido em duas partes: o “good bank”, que continha os ativos viáveis e foi vendido ao Unibanco, e o “bad bank”, que permaneceu com os ativos problemáticos. Essa divisão visava proteger os interesses dos correntistas e minimizar as perdas financeiras.