Na década de 1990, o programa de humor “Casseta & Planeta, Urgente!” se tornou um fenômeno na televisão brasileira. Com seu estilo irreverente e satírico, o grupo criou diversos personagens e quadros que marcaram época.
Um dos mais icônicos foi o das Organizações Tabajara, uma paródia de empresas de televendas que vendiam produtos fictícios e absurdos. O sucesso foi tanto que teve repercussões inesperadas, como a mudança de nome de uma instituição educacional no Rio Grande do Sul.
A Universidade Tabajara, localizada no sul do Brasil, viu-se em uma situação inusitada devido à popularidade do programa. Os alunos começaram a se recusar a aceitar diplomas com o nome da instituição, temendo associações com o humorístico. Isso levou a universidade a mudar seu nome, demonstrando o poder do humor na cultura e no comportamento social.
O Surgimento das Organizações Tabajara
As Organizações Tabajara foram criadas como uma resposta criativa a um problema enfrentado pela Rede Globo. Durante a exibição do quadro “Televendas Casseta & Planeta”, anunciantes pressionaram a emissora, alegando que o programa estava fazendo publicidade gratuita para produtos reais. A solução encontrada foi a criação de uma marca fictícia que pudesse ser usada para qualquer produto absurdo que o grupo quisesse promover.
Essa marca fictícia se autodenominava um “conglomerado monopolista” e fazia referência à tribo indígena Tabajara. Os produtos das Organizações Tabajara eram conhecidos por seus nomes cômicos, que misturavam palavras em português com sufixos e prefixos que lembravam o inglês, como “Personal Mentirosation Tabajara” e “Carro Moita Disfarceitor Tabajara”.
Por que as Organizações Tabajara se Tornaram Tão Populares?
O sucesso das Organizações Tabajara pode ser atribuído a vários fatores. Primeiramente, o humor do Casseta & Planeta era inovador e ressoava com o público brasileiro, que apreciava a sátira e a crítica social embutidas nas piadas. Além disso, o formato de paródia das televendas, com narrações exageradas e promessas absurdas, era uma crítica direta ao consumismo e à publicidade da época.