A aquisição da mina de ouro Serra Grande, localizada em Crixás, Goiás, por parte da empresa canadense Aura Minerals, representa um marco significativo no setor mineral brasileiro.
O valor da transação, que alcançou 76 milhões de dólares, foi pago à AngloGold Ashanti, a antiga proprietária. Além disso, a Aura Minerals se comprometeu a pagar uma participação futura de 3% sobre os retornos líquidos da fundição da produção da mina.
Essa operação está sujeita a rigorosas condições, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e adequações ambientais. A previsão é que o fechamento do negócio ocorra entre o terceiro e o quarto trimestre de 2025.
Qual é o histórico de produção da mina Serra Grande?
Desde 1998, a mina Serra Grande já produziu mais de 3 milhões de onças de ouro, com um pico de produção de 193 mil onças em 2006. Em 2024, a produção foi de 80 mil onças, representando uma leve queda em relação ao ano anterior, quando foram produzidas 86 mil onças.
A mina é composta por três minas subterrâneas mecanizadas e uma mina a céu aberto, além de uma planta metalúrgica com capacidade para processar até 1,5 milhão de toneladas por ano.
O que a Aura Minerals espera alcançar com a aquisição?
Rodrigo Barbosa, presidente e CEO da Aura Minerals, destacou a experiência da empresa em operações similares e o conhecimento profundo sobre a Serra Grande.
A Aura Minerals planeja aumentar a produtividade, reduzir custos e estender a vida útil da mina, transformando-a em um ativo fundamental para seu portfólio. A empresa também pretende implementar um programa de exploração para descobrir novas reservas e garantir a sustentabilidade da produção a longo prazo.
O negócio ainda aguarda a finalização da descaracterização de uma barragem de rejeitos desativada, um requisito fundamental para a continuidade da transação. A regulamentação ambiental no Brasil tem se tornado mais rigorosa, especialmente após desastres recentes que mobilizaram o setor e a sociedade.