O Brasil é o segundo maior detentor de reservas de elementos de terras raras, com cerca de 23% do total mundial, atrás apenas da China. No entanto, sua participação na produção global é de apenas 1%. Isso indica um grande potencial inexplorado que poderia reposicionar o país no cenário internacional de minerais críticos.
A Mineração Serra Verde, situada em Minaçu, Goiás, representa um marco importante nesse caminho. Este projeto, iniciado em janeiro de 2024, visa alcançar uma produção anual de 5 mil toneladas de óxidos de terras raras até 2026. A operação não apenas aumenta a capacidade produtiva do Brasil, mas também reforça sua importância na cadeia global de fornecimento de tecnologias limpas.
Ações do governo impulsionam mineração
Em janeiro de 2024, o governo brasileiro lançou uma “Chamada Pública de Planos de Negócios para Investimentos em Transformação de Minerais Estratégicos”, com R$ 5 bilhões em recursos. O objetivo é aumentar a produção local e evitar a exportação primária de minerais, promovendo valor agregado por meio de novas tecnologias e infraestrutura de processamento.
Desafios e oportunidades
Porém, para que o Brasil se consolide como líder na exploração dos elementos de terras raras, será necessário enfrentar desafios críticos. Hoje, o processamento desses minerais é dominado pela China, que lidera em refinamento e produção de alto valor agregado. Além disso, a ausência de um marco legal específico e políticas nacionais robustas tem se mostrado um entrave significativo ao crescimento do setor.
O Brasil, com suas vastas reservas de minerais críticos, tem potencial para se destacar globalmente. Superando barreiras e com a colaboração entre governo e iniciativa privada, esses recursos são essenciais para a transição energética e o desenvolvimento de indústrias tecnológicas.