Os pássaros fascinam a humanidade por sua capacidade de prever mudanças climáticas, especialmente a chegada de chuvas e tempestades. Este fenômeno, muitas vezes descrito como um “sexto sentido”, intriga cientistas e observadores da natureza.
A habilidade dos pássaros de detectar alterações no clima antes mesmo que os humanos percebam mudanças visíveis no ambiente levanta questões sobre os mecanismos subjacentes a esse comportamento.
Pesquisas indicam que várias espécies de aves ao redor do mundo demonstram essa habilidade. Em 2014, um estudo focado nas mariquitas d’asa amarela no leste do Tennessee revelou que essas aves abandonaram seus locais de nidificação dias antes da chegada de uma tempestade.
Este comportamento foi observado durante uma grande tempestade que atingiu os Estados Unidos, destacando a capacidade das aves de antecipar eventos climáticos adversos.
Como os Pássaros Detectam Tempestades?
Os cientistas continuam investigando como os pássaros conseguem prever tempestades com tanta precisão. Uma teoria sugere que as aves utilizam o infrassom, ondas sonoras de baixa frequência inaudíveis para os humanos.
O infrassom é gerado por fenômenos naturais como tornados e erupções vulcânicas, e algumas espécies de animais, como elefantes e baleias, já são conhecidas por utilizarem essas ondas para comunicação.
Estudos apontam que pássaros como o albatroz-errante podem usar o infrassom para se orientar. Isso sugere que outras aves também possam detectar essas ondas para prever mudanças climáticas, permitindo que reajam a tempo de evitar tempestades.
Os Pássaros Podem Prever Furacões?
Além de tempestades, há evidências de que algumas aves podem prever a intensidade das temporadas de furacões. Um estudo de 2019 revelou que o sabiazinho-norte-americano é capaz de prever a força das temporadas de furacões no Atlântico com mais precisão do que modelos computacionais.
Observações ao longo de duas décadas mostraram que essas aves ajustam seu ciclo reprodutivo e migratório de acordo com a previsão de furacões.
Esses pássaros parecem detectar sinais climáticos em seus locais de inverno na América do Sul, possivelmente relacionados a fenômenos como El Niño. Isso lhes permite migrar antecipadamente, evitando tempestades perigosas no Caribe e no Golfo do México.