Os donos de veículos carburados e antigos precisam tomar ainda mais cuidado para não danificar o motor o sistema de alimentação. Em breve, o Brasil irá introduzir a gasolina E30, que contém 30% de etanol anidro.
Tal mudança acompanha a tendência global de reduzir de emissões e aproveitar fontes renováveis, como a cana-de-açúcar. Entretanto, essa transformação também traz um alerta para quem possui carros antigos.
Enquanto os motores modernos são projetados para lidar com variações de combustível, veículos clássicos dos anos 1970 e 1980 podem enfrentar desafios. Isso se deve à falta de sistemas avançados de injeção e gerenciamento eletrônico nesses modelos mais antigos, que podem não suportar bem a maior quantidade de etanol.
Como o Etanol Afeta os Motores Antigos?
O aumento do etanol na gasolina pode impactar o desempenho e o consumo dos motores antigos. A menor octanagem do etanol, em comparação com a gasolina pura, pode resultar em menor eficiência e segurança, especialmente durante ultrapassagens.
Além disso, o etanol possui uma densidade energética inferior, o que significa que o consumo volumétrico será maior. Outro ponto crítico é a corrosão. O etanol contém mais água e solventes, aumentando o risco de corrosão em componentes metálicos, como tanques de combustível e carburadores.
Quais Componentes São Mais Afetados?
- Carburadores: Risco de corrosão interna e instabilidade de funcionamento.
- Mangueiras e vedadores: Contato prolongado com etanol pode ressecar e rachar componentes de borracha.
- Tanques metálicos: Suscetíveis à ferrugem interna devido à absorção de água.
- Sistema de exaustão: Aumento da presença de água nos canos de escapamento.
Como Reduzir os Riscos?
Para mitigar os efeitos negativos, recomenda-se o uso de gasolinas premium, como Shell V-Power Racing e Petrobras Podium, que possuem menor teor de etanol e aditivos protetores.
Nos motores carburados, ajustes na carburação para uma mistura mais rica podem ajudar a compensar a presença de etanol. Outra solução é a niquelação do carburador, um processo que aplica uma camada de níquel para proteger contra corrosão.