As pirâmides do Egito, conhecidas mundialmente por sua grandiosidade e mistério, continuam a ser objeto de estudos e descobertas fascinantes. Recentemente, uma pesquisa realizada no sítio arqueológico de Tombos, no atual Sudão, trouxe à tona novas informações que podem alterar a compreensão histórica sobre essas estruturas antigas. Os achados desafiam a ideia tradicional de que apenas os membros mais ricos e poderosos da sociedade eram enterrados em pirâmides.
Localizado no norte do Sudão, Tombos foi um importante centro durante o domínio egípcio há cerca de 3.500 anos. A descoberta de esqueletos em ruínas de construções feitas de tijolos de barro revelou que esses restos mortais não pertenciam à elite, como se acreditava. Este achado, publicado no Journal of Anthropological Archaeology, sugere que as pirâmides podem ter abrigado também pessoas de classes sociais inferiores.
Quem eram os indivíduos enterrados nas pirâmides?
A análise dos ossos encontrados em Tombos indicou que os indivíduos eram extremamente ativos, sugerindo que poderiam ser trabalhadores. Essa hipótese desafia a noção de que apenas os ricos tinham direito a enterros em pirâmides. No entanto, há debates entre os cientistas sobre essa conclusão. Alguns sugerem que poderiam ser nobres que mantinham uma vida ativa como símbolo de status, embora as evidências apontem para padrões de vida distintos entre as elites e os plebeus.
Os servos eram enterrados com seus mestres?
Uma teoria proposta pela equipe de pesquisa é que os servos poderiam ter sido enterrados com seus mestres para servi-los na vida após a morte. Os antigos egípcios acreditavam na necessidade de servos no além, mas tradicionalmente usavam pequenas figuras chamadas ushabits em vez de pessoas reais. Essa descoberta levanta a possibilidade de que os servos humanos poderiam ter sido um “plano B” para garantir a continuidade do serviço no além.