Um estudo conduzido ao longo de várias décadas pela prestigiada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, trouxe à tona um dos hábitos mais marcantes compartilhados por mulheres que se consideram felizes. Curiosamente, essa prática não está relacionada a casamento, atividades físicas ou dietas. O achado surpreendente é que o maior fator associado à felicidade dessas mulheres está diretamente ligado à qualidade das suas relações interpessoais.
Sob a coordenação do psiquiatra Robert Waldinger, atual diretor do Estudo de Desenvolvimento Adulto de Harvard, a extensa pesquisa concluiu que as mulheres mais felizes cultivam boas e profundas conexões pessoais ao longo da vida. Para elas, felicidade e vínculos afetivos caminham lado a lado, reforçando a importância do relacionamento humano na promoção do bem-estar emocional.
O impacto das relações pessoais na felicidade feminina
De acordo com Robert Waldinger, conexões humanas mais sólidas têm um efeito direto e positivo sobre o bem-estar das mulheres ao longo do tempo. O estudo identificou que essas mulheres associam sua felicidade à existência de laços autênticos e significativos. A ciência reforça, portanto, que a construção de boas relações não é um detalhe, mas um dos principais pilares da felicidade feminina.
Esses vínculos podem ser formados com qualquer pessoa, desde que a troca entre os envolvidos seja genuína e recíproca. Isso inclui desde amigas ou amigos com quem se compartilha conversas, mães presentes, telefonemas frequentes, convites para um café, idas ao cinema ou passeios despreocupados, como caminhar pela orla de uma praia. Conforme demonstrado na pesquisa, essas interações cotidianas são capazes de melhorar o humor, reduzir níveis de estresse e reforçar os laços afetivos, contribuindo para que as mulheres se sintam mais seguras e satisfeitas com a vida.
A qualidade dos vínculos é mais importante que a quantidade
Outro ponto relevante destacado pelo estudo é que, para alcançar maior felicidade, não é necessário ter uma grande quantidade de amigos ou círculos sociais extensos. O que realmente faz a diferença é a qualidade dessas relações: a presença, o suporte emocional e a troca sincera que elas proporcionam.
A pesquisa também apontou que muitas mulheres associam suas maiores realizações à capacidade de desempenhar papéis importantes em suas relações: sejam como mães, amigas ou colegas. Além disso, manter vínculos saudáveis que atravessam gerações, como com filhos, sobrinhos e netos, aparece como um fator central para a felicidade duradoura.
Em suma, o estudo de Harvard reforça que investir em boas relações pessoais é um hábito comum entre as mulheres mais felizes do mundo — um hábito que promove saúde emocional, bem-estar e um sentido profundo de realização na vida.