Cientistas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) destacaram, em um relatório divulgado em janeiro de 2023, que a camada de ozônio pode estar totalmente recuperada até 2066, caso as políticas atuais sigam em vigor. Este comunicado baseia-se na eliminação global de substâncias químicos, como os clorofluorocarbonetos (CFCs), que ficaram quase completamente erradicados desde a assinatura do Protocolo de Montreal em 1987.
Projeções para diferentes regiões do planeta
O estudo aponta que a Antártica poderá ver a restauração completa da camada de ozônio por volta de 2066, enquanto o Ártico deve alcançar este marco até 2045. No resto do globo, a recuperação completa é esperada já a partir de 2040. Esta recuperação contínua é atribuída à redução quase total de produtos químicos danosos à camada de ozônio, como era o objetivo inicial do Protocolo de Montreal.
A restauração da camada de ozônio tem impactos positivos além da proteção contra raios ultravioleta. Ela contribui para a saúde pública, diminuindo casos de câncer de pele e cataratas. Além disso, tem um papel na mitigação das mudanças climáticas, ajudando a limitar um possível aumento de temperatura global em até 0,5°C até o final do século.
Desafios a serem enfrentados
No entanto, especialistas alertam para a necessidade de vigilância contínua. Novas ameaças, como mudanças climáticas e erupções vulcânicas, podem afetar o progresso. Tecnologias emergentes, como a geoengenharia, são estudadas, mas devem ser avaliadas com cuidado para evitar consequências indesejadas para a camada de ozônio.
Até o momento, o compromisso internacional em manter as medidas de proteção está firme. A próxima fase envolve continuar monitorando as políticas e o impacto ambiental destas práticas. O progresso até agora mostra que um esforço colaborativo pode gerar resultados positivos no combate às mudanças climáticas e na proteção do nosso planeta.