A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que negligência e imprudência foram fatores determinantes no acidente aéreo que vitimou a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas, no dia 5 de novembro de 2021.
A aeronave, um Beech Aircraft, caiu em uma cachoeira no distrito de Piedade de Caratinga, em Minas Gerais, poucos momentos antes do pouso.
Investigação e Conclusões
Após a investigação, a Polícia Civil descartou causas como problemas técnicos na aeronave ou problemas de saúde dos pilotos, como um mal súbito, de acordo com o laudo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e o Instituto Médico Legal.
A investigação concluiu que a aeronave colidiu com uma torre de transmissão de energia que não possuía sinalização, mas essa sinalização não era exigida pela altura da torre e sua distância da zona de proteção do aeroporto.
A responsabilidade foi atribuída ao piloto e ao copiloto, que faleceram no acidente, impossibilitando qualquer processo judicial.
Segundo o delegado Ivan Lopes, os manuais da aeronave instruíam que os pilotos deveriam observar previamente a proximidade de morros e torres.
O delegado ainda destacou que havia cartas aeronáuticas disponíveis que poderiam ter auxiliado na identificação da torre.
Controvérsia sobre a Conclusão
O advogado Sérgio Alonso, representante da filha do piloto falecido, discordou da conclusão da Polícia Civil, afirmando que a falta de sinalização da torre de transmissão e a ausência de uma carta de aproximação adequada foram os verdadeiros responsáveis pelo acidente.
Ele mencionou que, após o acidente, a Cemig sinalizou a rede e o Decea emitiu uma carta de aproximação para a região, o que, segundo ele, poderia ter evitado a tragédia se feito anteriormente.
O acidente de Marília Mendonça deixou um vazio imensurável na música brasileira, especialmente no gênero sertanejo.