A mansão deixada pelo cantor José Rico, falecido desde março de 2015, avaliada em R$15 milhões, acumulou sinais de abandono. Mato alto, pichações, ferrugem, vidros quebrados e paredes deterioradas são alguns dos detalhes da mansão hoje em dia.
O imóvel que já não é mais habitado por familiares do artista está sendo negociada pela Justiça para quitar dívidas deixadas pelo artista, desde maio de 2023, porém não surgiram interessados.
Quando foi entrevistado pelo cantor Michel Teló, para o Fantástico, em outubro de 2014, José Rico revelou a relação afetiva com seu castelo. “Ali é meu mundo. Ali estou construindo para mim e para os meus”, contou ele na ocasião.
A mansão, que possui uma área total de 48 mil metros quadrados, mais de 100 quartos e está localizada na Estrada Municipal LIM-486, às margens da Rodovia Anhanguera (SP-330), nas proximidades do limite com Americana (SP).
Logo na fachada já se tem evidência da falta de manutenção, com pichações e portões tomados por ferrugem. A calçada ao redor do imóvel tem mato alto e há uma cratera que dificulta o trânsito de pedestres. Em uma área dos fundos da propriedade, um dos portões está caído.
O cenário de abandona é realçado dentro da mansão. O mato alto e árvores encobrem partes da construção e bloquearam trechos que eram destinados à circulação de pessoas. Os vidros da janela estão quebrados, esquadrias estão enferrujadas e as paredes apresentam sinal de deterioração.
A piscina em formato de violão, um dos símbolos da construção, está vazia e com vegetação e pichações dentro e ao redor.
Também revelaram desejos do artista de criar uma gravadora, um hotel e uma loja para venda de produtos da dupla sertaneja no local. Nenhum desses foi concretizado, mas outros projetos foram, como a construção de um campo de futebol com arquibancada no local, que foi coberto pelo mato.
Leilão
A Justiça já tentou oferecer o imóvel em duas vendas diretas e dois leilões, porém não teve interessados. A ação foi movida por um músico que trabalhou com José Rico e sua dupla, Milionário, entre 2009 e 2015 e aponta que tem débitos a receber.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) informou ao site G1, que não há previsão de novo leilão.
“No momento, este bem ficará em suspenso, ante a existência de outros imóveis que estão sendo analisados para penhora”, explicou.