A eleição de um novo papa é responsabilidade dos cardeais com menos de 80 anos, pois somente esses têm direito a voto no conclave. Entre os cardeais mais jovens com direito a voto, destacam-se nomes de diferentes países. O ucraniano Mykola Bychok, nascido em 13 de fevereiro de 1980, durante o auge da Guerra Fria contra os Estados Unidos, é o mais jovem de todos os atuais cardeias. Naquela época a Ucrania fazia parte da União Soviética.
O conclave é o processo formal e solene pelo qual os cardeais da Igreja Católica se reúnem para eleger o novo Papa, o líder espiritual e máximo representante da Igreja no mundo. A palavra “conclave” vem do latim “cum clave”, que significa “com chave”, referindo-se ao fato de que os cardeais são trancados em uma sala fechada, sem acesso ao mundo exterior, durante o período de votação, para garantir a confidencialidade e integridade do processo.
A realização do conclave é necessária sempre que o papado está vago, seja por morte ou renúncia do Papa anterior, como foi o caso da renúncia do Papa Bento XVI, em 2013. O direito de votar é exclusivo dos cardeais que têm menos de 80 anos de idade no momento da convocação do conclave, sendo este um requisito estipulado pela Igreja para garantir que os eleitores estejam em condições físicas e mentais para participar de tal decisão histórica.
Como funciona o conclave?
O conclave, geralmente realizado na Capela Sistina, no Vaticano, segue uma série de rituais e regras estabelecidas pela Igreja. Antes de iniciar, os cardeais fazem juramento de manter sigilo absoluto sobre o que ocorre dentro da capela durante as votações. Uma vez reunidos, os cardeais discutem, embora de maneira informal e sem voto, sobre as qualidades que o novo Papa deve possuir. Isso inclui a habilidade de governar a Igreja, promover o ecumenismo, lidar com as questões internas e externas da Igreja e oferecer uma liderança espiritual sólida.
O processo de eleição em si ocorre por meio de votações secretas. Cada cardeal escreve o nome de seu candidato em uma cédula, e as cédulas são depositadas em uma urna. Para ser eleito Papa, é necessário obter dois terços dos votos válidos. Se nenhum cardeal alcançar esse número após várias rodadas de votação, o processo continua, com os cardeais considerando novas possibilidades e escolhendo candidatos com base nas necessidades da Igreja e na situação global.
Durante o conclave, a fumaça branca ou preta que sai da chaminé da Capela Sistina serve para informar o público sobre o andamento do processo. Fumaça preta indica que a votação não resultou em um vencedor, enquanto a fumaça branca sinaliza que um novo Papa foi escolhido. Quando o Papa é finalmente eleito, o cardeal decano se aproxima dele e pergunta se aceita a eleição. Se o eleito aceitar, ele escolhe seu nome papal, que será anunciado ao mundo.
Cardeais mais jovens
1 – Mykola Bychok, (Ucrânia – 13 de fevereiro de 1980) – Eparca da Eparquia dos Santos Pedro e Paulo em Melbourne dos Ucranianos
2 – Américo Manuel Alves Aguiar (Portugal – 12 de dezembro de 1973)- Bispo de Setúbal
3 – George Jacob Koovakad (Índia – 11 de agosto de 1973) – Prefeito do Dicastério para o Diálogo Inter-Religioso
4 – Rolandas Makrickas (Lituânia – 31 de janeiro de 1972) – Arcipreste coadjutor da Basílica de Santa Maria Maior
5 – Frank Leo (Canadá – 30 de junho de 1971) – Arcebispo de Toronto
6 – Baldassare Reina (Itália – 26 de novembro de 1970) – Vigário-geral de Sua Santidade para a Diocese de Roma