Curitiba, capital do Paraná, é amplamente reconhecida por seu planejamento urbano inovador e pela qualidade de vida que oferece. No entanto, poucos sabem que a cidade está situada sobre uma complexa rede de falhas geológicas.
Esta característica geológica, pouco conhecida por muitos habitantes, levanta questões sobre os riscos sísmicos e os desafios para o desenvolvimento urbano da região. A cidade repousa sobre a Bacia Sedimentar de Curitiba, uma depressão tectônica que se estende por cerca de 3.000 km².
O Que São as Falhas Geológicas de Curitiba?
Curitiba está localizada sobre a Bacia Sedimentar de Curitiba, formada por sedimentos da Formação Guabirotuba, depositados entre 42 e 33 milhões de anos atrás. A bacia é um graben, ou seja, um bloco rebaixado, controlado por falhas normais com orientação Nordeste-Sudoeste. O embasamento rochoso da região é cortado por falhas e fraturas, como a Falha do Rio Barigüi, que afetam diretamente os sedimentos sob a cidade.
Além disso, o Sistema de Falhas Cubatão-Lancinha atravessa a região, contribuindo para a complexidade geológica local. A afirmação de que Curitiba é a única capital brasileira diretamente sobre uma falha geológica deve ser analisada com cautela, pois outras regiões do Brasil também possuem falhas intraplaca ativas.
Curitiba Está em Risco de Terremotos?
A região de Curitiba possui um histórico de atividade sísmica. Um evento significativo foi um tremor de magnitude 4.5 na escala Richter, com epicentro possivelmente entre São José dos Pinhais e Mandirituba. Além disso, a sismicidade induzida pela Usina Hidrelétrica Capivari-Cachoeira, entre 1971 e 1979, também foi registrada.
De acordo com a norma ABNT NBR 15421:2006, Curitiba está classificada na Zona 1, que apresenta um perigo sísmico baixo a moderado. Embora o risco não seja elevado, ele não deve ser ignorado no planejamento urbano e nos projetos de edificações.