De acordo com o g1, um cantor sertanejo foi processado por dois de seus funcionários por fraude nos direitos trabalhistas.
Os dois roadies que processaram o cantor sertanejo iniciaram seu trabalho com ele em 2015. O primeiro saiu em 2017 e o segundo, em 2018. Os dois recebiam R$ 350 por show e fazia cerca de 17 eventos mensais, com pagamento médio de R$ 5,9 mil ao mês.
Em 2018, o cachê do tal cantor sertanejo chegava a R$ 300 mil. Na ocasião, ele tinha três roadies, de acordo com o relato de um ex-funcionário. Por isso que com pouco mais de 2% do cachê de apenas uma noite ele pagava o salário mensal de um roadie. Com 6%, ele bancava a equipe toda.
O artista sertanejo acertava com eles a remuneração por show, no entanto, o pagamento era feito mensalmente. Eles assinavam os contracheques e tinham a carteira de trabalho em dia.
Porém, uma das alegações usadas por ambos no processo é que os contracheques mostravam uma quantidade menor do que os salários de R$ 5,9 mil que era para eles receberem. Por exemplo, um contracheque de janeiro de 2018, tinha o total de R$ 2,5 mil.
“O valor constante nos contracheques não condiz com a realidade, ou seja, não guardam semelhança com o real valor percebido pelo reclamante (prática do caixa dois)”, disse os advogados nos dois processos.
A Justiça do Trabalho, nos dois casos, concordou com os advogados dos funcionários e condenou o cantor em segunda instância a pagar esta diferença nos direitos aos trabalhadores e nos impostos ao Estado.
O cantor terminou de fazer o pagamento no valor de R$ 17.971,01 em abril de 2022 em uma das ações. Já no segundo caso, ele já foi condenado em duas instâncias, no entanto ainda tem recursos no Tribunal Superior do Trabalho, TST. O total a ser pago caso o TST confirme a condenação ainda não foi calculado.
O g1 falou com um dos roadies, que disse que confirma tudo o que informou no processo, porém não quis comentar mais o caso. O outro roadie não respondeu às mensagens.