Os buracos negros são fenômenos cósmicos que intrigam cientistas e entusiastas da astronomia há décadas. Recentemente, um estudo publicado no periódico Arxiv trouxe à tona a possibilidade de um evento cósmico extraordinário: a fusão de dois buracos negros supermassivos na Via Láctea. Este fenômeno pode ocorrer daqui a bilhões de anos, quando o buraco negro da Grande Nuvem de Magalhães se mover em direção ao centro da nossa galáxia.
O centro da Via Láctea abriga o Sagitário A, um buraco negro supermassivo cuja massa é estimada em até quatro milhões de vezes a massa do Sol. Este gigante cósmico está localizado a cerca de 27 mil anos-luz da Terra. A possibilidade de fusão com outro buraco negro de grande massa desperta o interesse de astrônomos e pesquisadores, pois tal evento pode fornecer insights valiosos sobre a dinâmica e evolução das galáxias.
Como foi descoberta a possibilidade de fusão?
A descoberta da possível fusão entre esses dois colossos cósmicos foi feita por astrônomos que estudavam as trajetórias de estrelas hipervelozes. Essas estrelas, do tipo B, são conhecidas por serem quentes e jovens, e acredita-se que tenham sido ejetadas do centro galáctico por um processo chamado mecanismo de Hills. Este mecanismo ocorre quando um sistema binário de estrelas se aproxima de um buraco negro supermassivo, resultando na captura de uma estrela e na ejeção da outra a velocidades extremas.
O que é o mecanismo de Hills?
O mecanismo de Hills é um fenômeno fascinante que ocorre em ambientes galácticos extremos. Quando um par de estrelas se aproxima de um buraco negro supermassivo, a intensa força gravitacional pode desestabilizar o sistema binário. Como resultado, uma das estrelas é capturada pelo buraco negro, enquanto a outra é lançada para fora as velocidades hipervelozes. Este processo não apenas ajuda a explicar a presença de estrelas hipervelozes na galáxia, mas também fornece pistas sobre a interação entre buracos negros e estrelas.