O compositor brasileiro Toninho Geraes, conhecido pela música “Mulheres”, acusa a cantora britânica Adele de plágio com a canção “Million Years Ago”. Segundo decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a obra de Adele apresenta uma “quase integral consonância melódica” com a composição de Toninho. Desde fevereiro de 2024, a batalha judicial tem ganhado novos desdobramentos, com destaque para a suspensão da reprodução da música da britânica sem autorização do autor brasileiro.
Assinaturas Sob Suspeita e Pedido de Nulidade
O caso sofreu uma reviravolta recente, com a defesa de Toninho questionando a legitimidade dos representantes de Adele em uma audiência de conciliação realizada em dezembro de 2024. Segundo o advogado Fredímio Biasotto Trotta, as assinaturas apresentadas por esses representantes podem ter sido adulteradas.
Com base nisso, foi protocolada uma notícia-crime por falsidade ideológica e documental, pedindo a nulidade das ações realizadas por esses indivíduos. Caso as suspeitas sejam confirmadas, o processo inteiro pode ser anulado, uma vez que os supostos representantes de Adele não estariam devidamente habilitados.
Gravadoras e Contradições
Outro ponto de conflito no caso envolve as gravadoras responsáveis por defender a artista britânica. Enquanto Adele lançou “Million Years Ago” pela XL Records, parte do Beggars Group, o processo tem contado com a Universal Music, gravadora atual da cantora, como uma das partes. Essa confusão sobre a representatividade legal tem gerado atrasos e complicações no andamento da ação.
Atualmente, a Justiça brasileira determinou a retirada da música de todas as plataformas digitais, sob pena de multa de R$ 50 mil. Toninho Geraes também busca uma indenização de R$ 1 milhão e os direitos autorais da obra de Adele, com correção monetária.