As placas tectônicas da Terra estão em constante movimento, um fenômeno que explica a ocorrência de terremotos e a dinâmica dos continentes. Este movimento incessante levanta questões sobre qual placa tectônica se move mais rapidamente e em que direção.
Cientistas identificaram que a placa indo-australiana está se movendo a uma velocidade significativamente maior do que outras placas. A placa indo-australiana, que abrange a Austrália continental, a ilha da Tasmânia, partes da Nova Guiné, Nova Zelândia e a bacia do Oceano Índico, está se movendo a uma taxa de aproximadamente 7 centímetros por ano.
Embora essa velocidade possa parecer insignificante, ela é quase cinco vezes maior do que a média de 1,5 centímetro por ano das outras placas tectônicas.
Por que a Placa Indo-Australiana se Move Mais Rápido?
O movimento acelerado da placa indo-australiana em direção ao norte é um fenômeno geológico intrigante. Este deslocamento está levando a placa a se aproximar do fundo da placa da Eurásia, particularmente nas regiões do Sudeste Asiático e da China.
A colisão potencial entre essas placas pode resultar na formação de uma nova matriz continental, que alguns especialistas já apelidaram de “Austrásia”.
Este movimento faz parte de um processo histórico que remonta a cerca de 200 milhões de anos, quando a Austrália fazia parte do supercontinente Gondwana. Naquela época, as placas Africana, Antártica, Indo-Australiana e Sul-Americana estavam unidas, enquanto a Laurásia compreendia a maior parte da Europa, Ásia e América do Norte.
Quais são as Implicações do Movimento Rápido das Placas?
Embora a colisão entre a placa indo-australiana e a placa da Eurásia possa parecer um evento distante, suas implicações são significativas. Além de alterar a geografia do planeta, esse movimento pode impactar tecnologias modernas, como os sistemas de GPS. Esses sistemas dependem de coordenadas fixas, e qualquer deslocamento das placas pode causar discrepâncias.