O sertanejo brasileiro e o country norte-americano são gêneros similares, principalmente no aspecto cultural, já que está majoritariamente relacionado a comunidades de áreas rurais em ambos os países. No entanto, algumas pessoas estabelecem correlações errôneas entre os gêneros e é justamente essas diferenças que essa matéria elucidará.
O gênero country surgiu nos Estados Unidos na década de 1920, e foi inspirado em músicas tradicionais de povos advindos da Grã Bretanha, que colonizou o país há mais de um século, como ingleses, escoceses e irlandeses. Tendo o banjo como o principal instrumento e símbolo do gênero, as músicas tratavam de temas como a vida no campo, amor, sofrimento e família.
Não muito diferente dos norte-americanos, o sertanejo nasceu também no ínicio do último século e também obedeceu a mesma lógica de firmar as raízes do gênero em torno de tradições locais. Os temas abordados nas canções também eram a vida na área rural, sentimentos como o amor e romantismo, dor e sofrimento, mas, também, festas e celebrações, como as que tocam frequentemente nas tradicionais “festas juninas”.
As principais diferenças
No entanto, as diferenças, ainda que sutis, existem. No início, os temas mais comuns nas canções eram sobre o cotidiano na área rural, no entanto, o sertanejo brasileiro exaltava esse estilo de vida, enquanto o country cantava de forma real como ela se dava no contexto americano, sem o sentimento de orgulho. Na parte sonora, o gênero estadunidense dava mais ênfase aos instrumentos, enquanto o brasileiro tinha um foco maior nas letras.
O tempo também foi acentuando as diferenças entre os gêneros. Durante a década de 1960, a moda de viola popularizou na cultura brasileira e outras transformações foram notadas até os dias de hoje, passando pelo sertanejo romântico, a sofrência, a vertente pop e, atualmente, a mistura com outros gêneros populares, como o funk, por exemplo. O country, por outro lado, se manteve firme às tradições desde a sua criação há um século.