Chitãozinho e Xororó, ícones da música sertaneja com uma trajetória de 54 anos repleta de sucessos, não hesitaram em compartilhar suas opiniões francas sobre o estado atual do gênero.
Em uma entrevista ao G1, os artistas expressaram preocupações sobre a industrialização da música sertaneja, destacando a produção em massa que resulta em hits momentâneos, mas efêmeros.
“Ela está muito feita em série. Os caras se juntam em estúdios, nos campings, num lugar, e meia dúzia de pessoas fica fazendo música. E dali saem alguns sucessos.”, comentou Chitãozinho, refletindo sobre a falta de profundidade e originalidade em muitas das músicas contemporâneas.
Xororó complementou, enfatizando a importância da qualidade nas letras, na melodia e nos arranjos para que uma música se destaque e permaneça no tempo.
Para ele, uma boa música precisa ser sensível e capaz de marcar momentos na vida das pessoas, algo que os hits descartáveis geralmente não conseguem alcançar.
Explorando Novos Horizontes na Música Sertaneja
Além de discutirem a produção musical, Chitãozinho e Xororó também abordaram a diversidade e o potencial da música sertaneja em festivais que vão além das tradicionais festas do gênero.
Eles destacaram a importância desses eventos em abrir novos caminhos para o sertanejo, reconhecendo que o sucesso do gênero depende da renovação e da aceitação de novas formas de expressão.
Com uma nova turnê à vista, os artistas mostraram-se comprometidos em inovar continuamente, incorporando novos elementos em sua música para atrair diferentes públicos ao longo dos anos.
Mesmo com todo o sucesso de “Evidências”, uma canção que se tornou um hino do sertanejo, eles enfatizaram a importância de evoluir constantemente para se manterem relevantes no cenário musical brasileiro.