O ex-jogador de futebol Daniel Alves se viu recentemente no centro de uma disputa judicial envolvendo a música “Avião”. A polêmica gira em torno da exclusão dos créditos dos compositores Giuliano Matheus e Thiago Matheus, que alegam ter colaborado na criação da canção. Este caso destaca questões importantes sobre direitos autorais e o uso indevido de obras artísticas.
A música “Avião” foi lançada em 2020 como parte de um projeto da ONU destinado a combater a desinformação durante a pandemia de coronavírus. O clipe contou com a participação de diversos artistas renomados, como Sandra de Sá e Nando Reis, e trazia uma mensagem de esperança com a frase “Tudo vai passar… é só acreditar”.
Quais são as alegações dos compositores?
Giuliano Matheus e Thiago Matheus afirmam que Daniel Alves removeu seus nomes dos créditos da música de forma fraudulenta. Eles alegam que, apesar de terem contribuído significativamente para a criação da canção, foram excluídos do reconhecimento oficial. A defesa dos compositores argumenta que a exclusão foi injusta e que a música foi usada em um projeto que ironicamente visava combater a desinformação.
Os compositores se aproximaram de Daniel Alves em 2016, quando o ex-jogador manifestou interesse em ingressar no mundo da música. A relação entre eles, no entanto, começou a se deteriorar devido a questões comerciais, culminando na exclusão dos créditos quando o clipe foi lançado em 2020.
Como a Justiça decidiu sobre o caso?
Em outubro do ano passado, Daniel Alves foi condenado em primeira instância a pagar uma indenização de R$ 80 mil aos compositores. No entanto, após recurso, o valor foi reduzido para R$ 40 mil. O Tribunal de Justiça, por meio do desembargador Vito Guglielmi, manteve a condenação, afirmando que havia provas suficientes de que a música estava no computador de Thiago Matheus desde 2017.
A defesa de Daniel Alves, por sua vez, alega que a música foi criada exclusivamente por ele e que os compositores buscam apenas enriquecer ilicitamente.