Em várias metrópoles dos Estados Unidos, um fenômeno preocupante está em curso: o solo está afundando. Este processo, conhecido como subsidência, afeta milhões de pessoas e é especialmente notável em cidades como Nova York, Chicago e Houston. Um estudo recente publicado na revista Nature Cities revela que este problema atinge todas as 28 cidades mais populosas do país.
A subsidência é um processo lento e muitas vezes invisível, mas suas consequências podem ser devastadoras. A principal causa identificada é a retirada excessiva de água dos aquíferos subterrâneos, o que reduz a pressão que mantém o solo estável. Este fenômeno afeta diretamente a infraestrutura urbana, comprometendo edifícios, estradas e pontes.
Quais são as cidades mais afetadas pela subsidência?
Segundo o estudo, Houston é a cidade mais gravemente afetada, com 42% de sua área afundando mais de 5 milímetros por ano. Em algumas regiões, o ritmo de afundamento ultrapassa um centímetro anual. Além de Houston, cidades como Nova York, Chicago, Detroit e Dallas também enfrentam índices alarmantes de subsidência, com mais de 98% de suas áreas urbanas sendo impactadas.
O problema não se limita às áreas periféricas. Infraestruturas críticas, como o Aeroporto LaGuardia em Nova York e partes de São Francisco, estão entre as áreas afetadas. Em Washington, D.C., o Parque East Potomac também sofre com o afundamento do solo.
Por que o solo está afundando?
A principal causa da subsidência é a retirada excessiva de água subterrânea. Quando a água é bombeada, a pressão que mantém o solo estável diminui, levando à compactação do terreno. Em alguns casos, o colapso pode ser irreversível, especialmente em aquíferos confinados entre camadas de argila e rocha.
Além disso, a geologia local desempenha um papel significativo. Em San Diego, por exemplo, os aquíferos são altamente permeáveis, acelerando o processo de subsidência. Já em Washington, D.C., o leito rochoso oferece mais resistência, mas não garante proteção completa.